Economista americana retira sua candidatura a cargo da Comissão Europeia

19 jul 2023
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A economista dos Estados Unidos, Fiona Scott Morton, anunciou nesta quarta-feira (19) que retirou sua candidatura a um importante cargo na área antimonopólio da Comissão Europeia e, dessa forma, desativou uma crescente crise no braço Executivo da UE.

Scott Morton havia sido nomeada pela comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, como consultora em estratégias antitruste e economista-chefe, mas o caso se transformou em um escândalo explosivo em Bruxelas.

O destino de Scott Morton foi selado depois que o presidente francês, Emmanuel Macron, expressou dúvidas sobre a conveniência de contratar uma americana, que já trabalhou para gigantes digitais, para aconselhar sobre medidas antimonopólio na UE.

Diante da tempestade desencadeada por sua nomeação, com críticas de eurodeputados e até de alguns comissários europeus, Scott Morton enviou uma carta a Vestager anunciando que estava retirando seu nome da disputa pelo cargo.

"Determinei que o melhor curso de ação para mim é me retirar e não assumir o cargo", disse a economista em sua carta.

Na véspera, Vestager havia enfrentado a fúria dos eurodeputados, perante os quais defendeu a sua escolha por Scott Morton, lembrando que era importante para a UE ter os funcionários mais qualificados, independentemente da sua nacionalidade.

Os legisladores, no entanto, insistiram que os serviços prestados pela economista a gigantes como Apple, Amazon ou Microsoft representavam um conflito de interesses, já que a Comissão teria de desenvolver estratégias para regulá-los.

"Depois de falar com a professora Scott Morton, aceito sua decisão, com total respeito por sua integridade", tuitou Vestager.

Quando Vestager propôs a nomeação de Scott Morton para a Comissão, a moção foi votada a favor por cinco comissários, que posteriormente escreveram uma carta pública pedindo que a decisão fosse revista.

Além de lecionar nas universidades de Yale e Edimburgo, Scott Morton também atuou no departamento antimonopólio do Departamento de Justiça dos EUA entre 2011 e 2012.


FONTE: Estado de Minas


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