Elevador de hospital em BH não funciona há uma semana

08 out 2023
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Pacientes, funcionários e visitantes do Hospital Madre Teresa, no Bairro Gutierrez, na Região Oeste de Belo Horizonte, estão enfrentando dificuldade de locomoção dentro das dependências da unidade médica. Isso porque o elevador de uma das torres do estabelecimento está estragado há, pelo menos, cinco dias. O tráfego entre os andares do local tem sido feito por apenas um equipamento que, na tarde deste domingo (8/10), também estragou.

A mãe de Gustavo Machado, de 52 anos, está internada na unidade desde a última terça-feira (3/10); na ocasião, a idosa foi alocada no sexto andar do prédio. Em entrevista ao Estado de Minas, o engenheiro relatou que, para que acompanhantes e visitantes da mãe chegassem até ela, era necessário subir os seis andares pela escada ou dar um “jeitinho” e pegar o elevador de outra torre, descer no quarto andar e subir dois lances de escada.

No entanto, na quinta-feira (5/10) a idosa foi transferida para um quarto no oitavo andar. Ou seja, o número de lances de escada aumentou consideravelmente. “Eu tenho 52 anos, pratico esportes e, quando chego ao andar certo, já estou cansado. Agora imagina meu pai, que tem 87 anos, mesmo sendo muito ativo é um esforço muito grande”, relata Machado.

Gustavo explica que, para quem não quiser subir todos os andares de escada ou fazer a “baldeação” na outra torre do edifício, ainda há um elevador funcionando, mas a espera por ele é longa. De acordo com o engenheiro, a demanda do equipamento ficou saturada já que pacientes, visitantes e funcionários do hospital acabam tendo que recorrer a um único elevador.

“Eles estão sem estrutura para receber pacientes. Além da demora para esse elevador chegar, todo mundo está usando ele. Outro dia, tinha eu, um paciente e um funcionário da limpeza com carrinho de lixo cheio. Todos dentro do mesmo elevador”, desabafa.

Falta de planejamento

Os problemas de locomoção dentro de um dos prédios do Hospital Madre Teresa não ficaram apenas na falta de um elevador. Na tarde deste domingo (8/10), um segundo equipamento, da mesma torre, também estragou. O pai de Gustavo era uma das cinco pessoas que ficaram cerca de 1 hora trancadas dentro do equipamento parado entre andares.

Eram 15h30 quando eles foram retirados de dentro do elevador. Ao chegar ao estacionamento da unidade, por volta das 15h40, o pai de Gustavo foi cobrado a mais pelo tempo em que ficou preso dentro do equipamento. O engenheiro explica que, desde que a mãe ficou internada, passou a diária do estacionamento. O prazo venceria às 15h30, mas por estar trancado dentro do elevador do próprio hospital, seu pai não conseguiu sair a tempo. A hora do estacionamento é R$ 18.

“Eu estava no quarto com a minha mãe quando meu pai me ligou e contou que estava na recepção porque ficou preso dentro do elevador. Ele me disse que o tempo do estacionamento havia passado 10 minutos e o recepcionista queria cobrá-lo a mais e que, depois que explicou que havia ficado trancado dentro do equipamento, recebeu de resposta que aquilo seria 'problema dele'”, conta.

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Indignado com toda a situação e a falta de preparo da equipe do estacionamento, o engenheiro levou o caso à administração do hospital e ameaçou acionar a polícia. Logo em seguida, o responsável pelo atendimento concedeu uma “cortesia” pelo ocorrido.
“O hospital está com uma falta de consenso, de organização que é horrorosa. Até a logística de atendimento. Ainda mais hospital, prioridade de atendimento, funcionários”, finaliza.

A reportagem do Estado de Minas procurou o Hospital Madre Teresa por meio de sua assessoria de imprensa, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno.


FONTE: Estado de Minas

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