Empresa americana denuncia prisão de cinco funcionários chineses em escritório de Pequim
A empresa de auditoria americana Mintz Group informou nesta sexta-feira (24) que cinco funcionários de seu escritório em Pequim foram detidos pelas autoridades chinesas.
"As autoridades chinesas prenderam os cinco trabalhadores do Mintz Group no escritório de Pequim, todos de nacionalidade chinesa, e encerraram nossas operações lá", disse um comunicado da empresa enviado à AFP.
A empresa "contratou assessoria jurídica para entrar em contato com as autoridades e apoiar nossa equipe e suas famílias", acrescentou.
O grupo "não recebeu nenhuma notificação judicial sobre o processo contra a empresa e pediu às autoridades que libertem seus trabalhadores", acrescentou.
"O Mintz Group está licenciado para conduzir negócios legítimos na China, onde sempre operou de forma transparente, ética e em conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis", continuou.
A empresa continuará trabalhando com as autoridades para "resolver qualquer mal-entendido que possa ter levado a esses eventos".
Esta empresa com sede nos EUA é especializada em investigações de alegações de fraude, corrupção e má conduta trabalhista, além de verificações de antecedentes.
A empresa tem escritórios em 18 locais, incluindo Washington, e em seu site diz que sua equipe "se aprofunda em questões que preocupam os clientes, desde o palácio presidencial até plataformas de petróleo offshore".
Em 2017, o diretor da subsidiária do grupo na Ásia, Randal Phillips, estimou que os Estados Unidos deveriam enfrentar os problemas de desequilíbrios estruturais derivados das políticas chinesas que impactaram o comércio.
Um texto intitulado "A China deve seguir as consequências" foi então publicado no site do Mintz Group, com citações de Phillips. A página foi apagada, mas existem versões arquivadas online.
De acordo com documentos do governo dos EUA, também online, Phillips havia testemunhado antes da apresentação em 2018 de um relatório de um comitê do Congresso dos EUA sobre as tentativas chinesas de aumentar sua influência no exterior.
No site do Mintz Group, Phillips é apresentado como um ex-membro da CIA que serviu 28 anos, "mais recentemente como principal representante da CIA na China".
FONTE: Estado de Minas