Encerrada audiência do delegado Rafael Gomes e outros presos na Operação ‘Transformers’, em Juiz de Fora

10 nov 2023
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Sessão foi iniciada na terça-feira e terminou no início da noite desta sexta-feira (10). À exceção de apenas um dos réus, os demais não responderam às perguntas do Ministério Público. Audiência foi realizada no Fórum Benjamin Colucci em Juiz de Fora

TJMG/Divulgação

Foi concluída no início da noite desta sexta-feira (10), em Juiz de Fora, a audiência de instrução e julgamento da Operação "Transformers", que prendeu o delegado Rafael Gomes, cinco policiais civis e outros suspeitos de participarem da organização criminosa envolvida em tráfico de drogas que teria movimentado quase R$ 1 bilhão em cidades da região.

Ao todo, dez réus participaram, de forma remota, da audiência. À exceção de apenas um, os demais não responderam às perguntas do Ministério Público e permaneceram em silêncio durante os interrogatórios, ocorridos nesta sexta-feira (10), na 1ª Vara Criminal, no Fórum Benjamin Colucci.

A sessão foi presidida pelo juiz Daniel Réche da Motta e iniciada na terça-feira. Durante os quatro dias, também houve depoimentos das testemunhas de defesa e oitivas do MP.

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O processo segue agora para as alegações finais e, em seguida, para a publicação da sentença, ainda sem estimativa de prazos.

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O g1 entrou em contato com a defesa do delegado Rafael Gomes e ainda não obteve retorno. A reportagem também não conseguiu falar com os advogados dos outros réus.

Movimentação bilionária

Rafael Gomes, que já foi titular da Delegacia Especializada de Combate ao Narcotráfico, e outros investigadores da Polícia Civil, foram presos no dia 20 de outubro do ano passado, durante a Operação “Transformers”.

As investigações, segundo a promotoria, teriam começado há dois anos, levantando informações sobre adulteração de veículos que, após troca de peças, eram usados no tráfico de drogas. Da alteração e remontagem dos carros, inclusive, teria surgido a referência para a operação.

A organização criminosa seria estruturada em diversos núcleos, entre os quais estão os setores responsáveis pela:

logística, que envolve o fornecimento de veículos para o transporte e pagamentos de cargas de drogas;

setor financeiro, que cuida da parte gerencial da atividade econômica, notadamente do tráfico de drogas e da lavagem de dinheiro;

setor de corrupção, responsável por proteção dos negócios ilícitos com informações privilegiadas de atividades policiais e demais condutas para evitar a responsabilização de integrantes da organização;

núcleo de liderança, que coordena e controla as atividades.

Shows

Ainda segundo as investigações, donos de comércios e empresários do meio artístico fariam parte do esquema, sendo responsáveis pela lavagem de dinheiro. Alguns shows em Juiz de Fora, inclusive, estariam relacionados à prática criminosa.

Conforme o órgão, as provas demonstram a relação simbiótica que existe entre a "organização criminosa desarticulada com outras associações para a prática permanente de diversas atividades ilícitas, como comércio ilegal de peças e de veículos provenientes de crimes, tráficos de drogas locais, corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro".

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FONTE: G1 Globo

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