Estudante morto após atropelamento de cão é enterrado na Grande BH

08 ago 2023
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Um sonho desfeito. Estudante de Turismo, Gabriel Ângelo Oliveira Araújo, de 26 anos, assassinado no último domingo, por um agente penitenciário, Anderson Barbosa de Siqueira, a tiros, sonhava ser comissário de bordo. "Para isso, estava estudando", diz o amigo João Ítalo, de 24 anos, que trabalhava com a vítima em uma empresa de turismo em Belo Horizonte.
O velório de Gabriel ocorreu na manhã desta terça-feira (8/8), em Ribeirão das Neves, onde também aconteceu o sepultamento, às 11h30, no Cemitério Porto Seguro. 
A revolta pela morte de Gabriel é grande. Um primo, Rafael Ângelo de Araújo, de 37 anos, diz que a família clama por justiça. Ele conta que o autor dos disparos já está identificado e questiona: "Por que ainda não existe um mandado de prisão expedido, uma vez que o criminoso já foi identificado?"
O autor dos disparos que mataram Gabriel é um agente penitenciário de São Paulo que está afastado da função, Anderson Barbosa de Siqueira, mineiro, de Ribeirão das Neves.
 
O que mais choca a família da vítima é que Anderson tem 27 passagens pela polícia, a maioria, por crimes de violência. "Dizem, até, que um deles é por estupro", ressalta Rafael. Sete desses processos continuam em aberto.
Antes de se mudar para São Paulo e se tornar agente penal, Anderson teria tentado entrar para a Guarda Municipal, em Neves, mas foi reprovado no exame psicológico. "Teria um distúrbio mental", conta Rafael.
Outra informação, que está sendo checada pela polícia, é que Anderson teria sido afastado de suas funções, em São Paulo, por problemas psicológicos. A polícia suspeita que a arma usada no crime, uma 9mm, seja a que o ex-agente penal usava em seu serviço, antes de ser afastado.
 
 
Natural do Ceará, Anderson trabalhava como agente penal em São Paulo até ser afastado. Em Ribeirão das Neves, ele atuava como agente de trânsito contratado pela prefeitura da cidade.
 
Em meio a muitas lágrimas, não só de parentes, mas também de amigos, o corpod e Gabriel foi sepultado às 11h30. Na descida do caixão, um protesto. Em nome da família, o primo Gabriel falou acreditar na justiça dos homens e também na divina. 
 

A morte

Gabriel estava em uma festa de família, no último domingo (6/6), em uma cavalgada. No início da noite, voltava para casa com uma tia. Estavam de carona com um amigo.
No meio do caminho, um cachorro cruzou a frente do veículo. O motorista não teria tido tempo para parar. O animal parece não ter sofrido nada, pois saiu em disparada.
Eles seguiram viagem e um pouco à frente, o motorista, o amigo de Gabriel, desceu do carro para ver se havia algum estrago no carro, um Fox. Gabriel também desceu.
Foi quando a motocicleta surgiu, pilotada por um homem, de roupa escura e capacete branco. Tinha um revólver na mão.
Ao perceberem a arma, Gabriel e o amigo correram, procurando abrigo. O homem atirou e atingiu Gabriel.
Em seguida, o motoqueiro fugiu. Desde então, não foi mais visto. As suspeitas são de que ele estaria escondido em São Paulo.

FONTE: Estado de Minas

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