EUA apreende quase 2.000 armas destinadas ao México

14 jun 2023
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!

Os Estados Unidos confiscaram quase 2.000 armas, entre outubro de 2022 até março deste ano, no contexto da Operação de Norte a Sul destinada a combater o tráfico de armas para o México, informou a vice-procuradora-geral americana Lisa Monaco nesta quarta-feira (14).

Altos funcionários dos Departamentos de Justiça e Segurança Nacional, da Agência de Controle de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF, na sigla em inglês) e da Casa Branca se reuniram hoje para discutir o problema do tráfico de armas para o México.

Trata-se de um tema essencial para o governo mexicano, que trava uma batalha na Justiça contra fabricantes de armas americanas, às quais acusa de facilitar que o armamento acabe nas mãos de criminosos mexicanos.

Em comentários anteriores à reunião, Joshua Geltzer, assessor adjunto de Segurança Nacional do presidente Joe Biden, insistiu em que a Casa Branca considera "uma prioridade" deter esse tráfico e abordar o problema "de forma integral" com as autoridades mexicanas.

Segundo ele, parte-se "de uma premissa fundamental": a maioria das armas ilegais que chegam ao México - desde pistolas até outras de alto calibre - provém dos Estados Unidos e os traficantes as utilizam contra os cidadãos e as forças de segurança mexicanas, e também para suas ações de tráfico de drogas.

Em busca de uma solução para o problema, o governo americano lançou, nos últimos anos, iniciativas como a Operação de Norte a Sul (Operation Southbound), que atua através de grupos de trabalho em oito cidades ao longo da fronteira com o México, a Operação Raio do Deserto e a Operação Sem Rastro.

A Operação de Norte a Sul permitiu a apreensão de "quase 2.000 armas de fogo de outubro passado até março", o que representa "um aumento de mais de 65%" em comparação com o mesmo período do ano anterior, e "mais de 80.000 munições", afirmou Lisa Monaco.

Na reunião, a vice-procuradora-geral pediu aos participantes que "redobrassem os esforços" coletando dados fiáveis "que possam ser compartilhados em tempo real", "mantivessem o impulso" contra o tráfico de armas durante os meses de verão do hemisfério norte e, sobretudo, "seguissem fortalecendo" a cooperação com o México.

O subsecretário de Segurança Nacional, John Tien, aproveitou sua intervenção para dizer ao México que os Estados Unidos levam a sério "o pedido de assistência". "Ouvimos [o pedido] e estamos tomando medidas enérgicas contra esse fluxo" de armas, prometeu.

Desde 2021, a Operação Sem Rastro resultou em 900 investigações, mais de 700 prisões e na apreensão de "quase um milhão de munições", afirmou Tien.

A ATF, por sua vez, informou que registrou um aumento de 17% nas apreensões de armas relacionadas com México entre o ano fiscal de 2021 e 2022, e de 217% nas investigações realizadas pela agência sobre esse tráfico.


FONTE: Estado de Minas


VEJA TAMBÉM
FIQUE CONECTADO