EUA: China não ‘cruzou linha’ de entrega de armas letais à Rússia
A China ainda não "cruzou a linha" de entregar armas letais à Rússia em meio à guerra na Ucrânia - afirmou o secretário de Estado americano, Antony Blinken, nesta quarta-feira (22).
"Até o momento, não vimos (a China) cruzar essa linha", disse Blinken ao ser questionado durante uma audiência no Senado.
Durante semanas, Blinken advertiu, publicamente, que a China estava "considerando" encomendas russas de armas para a invasão da Ucrânia, e alguns informes indicam envios limitados por parte de empresas chinesas para Moscou.
Esta semana, o presidente chinês, Xi Jinping, fez uma visita a Moscou, durante qual defendeu uma proposta chinesa de cessar-fogo na guerra. O pedido foi visto com ceticismo por Washington, que teme que a Rússia use a pausa para reagrupar suas forças no campo de batalha.
"Acho que seu apoio diplomático, seu apoio político e, até certo ponto, seu apoio material à Rússia certamente vão contra nosso interesse de pôr fim a essa", disse Blinken, referindo-se à China.
O secretário afirmou ainda que o governo dos Estados Unidos estimulará outros países a extraditarem o presidente russo, Vladimir Putin, em caso de visita, após a emissão de um mandado de prisão por parte do Tribunal Penal Internacional de Haia.
"Acho que quem quer que seja membro do tribunal e tenha compromissos deve cumprir suas obrigações", insistiu Blinken.
Ele respondia, assim, às perguntas do senador republicano Lindsey Graham, que disse que os Estados Unidos deveriam prender Putin, se ele pisasse em solo americano.
Os Estados Unidos não fazem parte do tribunal de Haia, já que o governo republicano de Donald Trump impôs sanções ao então promotor do TPI por investigar ações militares americanas no Afeganistão.
De qualquer modo, Blinken disse que não se espera que Putin vá aos EUA.
A Rússia faz parte do fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, que realiza sua cúpula em novembro, em San Francisco, mas é muito pouco provável que o governo do democrata Joe Biden convide o governante russo.
FONTE: Estado de Minas