EUA confirma apreensão de envio de petróleo do Irã em abril
Os Estados Unidos confirmaram, nesta sexta-feira (8), que apreenderam a carga de um petroleiro iraniano em abril, logo antes do Irã tomar posse de dois navios na região do Golfo, na primeira declaração oficial do Departamento de Justiça sobre o incidente.
O departamento disse que apreendeu o "Suez Rajan", um petroleiro gerenciado pela Grécia, e sua carga de 980.000 barris de petróleo, supostamente vendida pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã para a China.
Essa venda supostamente violou as sanções dos Estados Unidos e internacionais contra o Irã, e o governo dos Estados Unidos obteve uma ordem judicial no início deste ano para realizar a apreensão.
Em 19 de abril, aproximadamente no momento da apreensão, o proprietário do navio, Suez Rajan Ltd, declarou-se culpado de violar as sanções e foi multado em 2,5 milhões de dólares (12,5 milhões de reais).
Naquela época, as autoridades dos Estados Unidos não confirmaram que estavam tomando posse da carga e que o navio estava indo para os Estados Unidos.
Mas a apreensão de dois petroleiros pelo Irã - o "Advantage Sweet", com bandeira das Ilhas Marshall, quando navegava em direção aos Estados Unidos no Golfo de Omã, e depois o "Niovi", de propriedade grega, quando viajava de Dubai a Fujairah - ocorreu poucos dias depois.
No início de julho, o exército dos Estados Unidos informou que havia bloqueado mais duas tentativas da marinha iraniana de apreender petroleiros comerciais em águas internacionais no Golfo de Omã.
O Departamento de Justiça afirmou que os envolvidos no plano do "Suez Rajan" tentaram "disfarçar a origem do petróleo por meio de transferências de navio para navio" e ocultaram as localizações e identidades dos navios envolvidos.
Eles também afirmaram que o locatário do navio utilizou o sistema financeiro dos Estados Unidos para facilitar o transporte de petróleo iraniano, violando as sanções contra o Irã.
Os Estados Unidos tomaram medidas para tomar posse da carga, avaliada em dezenas de milhões de dólares, que será posteriormente vendida.
FONTE: Estado de Minas