EUA defende ‘eleições livres’ e ‘justas’ na Guatemala
Os Estados Unidos defendem "eleições livres, justas e pacíficas" na Guatemala, afirmou, nesta terça-feira (11), o subsecretário de Estado adjunto para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Brian Nichols.
"Apoiamos o direito dos guatemaltecos a eleições livres, justas e pacíficas", afirmou Nichols em um tuíte. O diplomata ainda acrescentou que "a democracia depende de que todos os cidadãos elejam os seus líderes entre todos os candidatos sem barreiras arbitrárias, exclusão ou intimidação".
Em 25 de junho, a Guatemala vai eleger seu novo presidente, que vai substituir o atual mandatário Alejandro Giammattei, 160 deputados no Congresso, 20 no Parlamento Centro-Americano e 340 prefeitos para um período de quatro anos.
Duas mulheres lideram as pesquisas para o cargo de presidente: Zury Ríos, filha do ex-ditador Efraín Ríos Montt, e Sandra Torres, uma ex-primeira-dama de centro-esquerda.
A campanha começou com denúncias de fraude pela exclusão da candidata indígena Thelma Cabrera e pela participação de Ríos, filha do general que governou com mão de ferro o país entre 1982 e 1983.
O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) deixou de fora do pleito Cabrera e seu companheiro de chapa, o ex-procurador dos Direitos Humanos Jordán Rodas.
"As eleições inclusivas e transparentes protegem a transferência pacífica de poder", insistiu Nichols no tuíte.
Em meados de março, vários senadores pediram ao governo do presidente democrata americano, Joe Biden, para "revisar e atualizar" sua política em relação ao país para "alinhar melhor os valores"
Os EUA criticaram em reiteradas ocasiões a Guatemala pela detenção de procuradores anticorrupção e a designação para postos no judiciário de pessoas acusadas de corrupção, assim como por "criminalizar" o trabalho dos jornalistas.
Dezenas de juízes, magistrados e procuradores fugiram do país desde o começo do mandato de Giammattei.
Em março, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu à Guatemala que garantisse o "exercício dos direitos políticos" para as eleições.
A pedido da Guatemala, a Organização dos Estados Americanos (OEA) vai enviar uma Missão de Observação Eleitoral ao país.
FONTE: Estado de Minas