EUA responde a ataque na Síria e mata 11 combatentes pró-iranianos
Onze combatentes pró-iranianos morreram em ataques aéreos dos Estados Unidos no leste da Síria, lançados em retaliação a um ataque de drone que matou um americano e feriu outros seis - disseram Washington e uma ONG nesta sexta-feira (24).
Um americano contratado pelas forças dos EUA foi morto, e outro ficou ferido, junto com cinco soldados americanos, quando um drone explosivo "de origem iraniana" atingiu uma base de manutenção perto de Hasaké, no nordeste da Síria, na quinta-feira (23), informou o Pentágono em comunicado.
Em resposta, o secretário americano da Defesa, Lloyd Austin, disse que ordenou, sob a indicação do presidente Joe Biden, "ataques aéreos de precisão esta noite no leste da Síria, contra instalações usadas por grupos afiliados à Guarda Revolucionária Iraniana".
"Os ataques aéreos foram realizados em resposta ao ataque de hoje, bem como em resposta a uma série de ataques recentes contra as forças da coalizão na Síria por grupos afiliados à Guarda Revolucionária", explicou Austin.
Cerca de 900 soldados americanos estão na Síria como parte de uma coalizão internacional que luta contra o que resta do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
Esses militares são alvos frequentes de ataques lançados por milícias.
- "Responderemos sempre" -
"Como o presidente Biden afirmou claramente, tomaremos todas as medidas necessárias para defender nossos concidadãos e responderemos sempre no momento e local de nossa escolha", enfatizou o secretário da Defesa.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), "os ataques dos EUA tiveram como alvo um depósito de armas na cidade de Deir Ezzor, matando seis combatentes pró-iranianos".
"Outros cinco combatentes morreram em ataques contra posições de grupos iranianos perto de Mayadin e outro perto de Al Bukamal", acrescentou esta ONG, especificando que dois dos 11 mortos são sírios.
Grupos iranianos e seus aliados, partidários do governo de Damasco, estão fortemente estabelecidos nessas áreas próximas à fronteira com o Iraque, que constituem um importante ponto de passagem de armas para a Síria.
As tropas americanas também apoiam as Forças Democráticas da Síria, o exército de fato dos curdos na região, que liderou a batalha contra o grupo EI para removê-lo dos últimos territórios que controlava na Síria em 2019.
Em agosto de 2022, o presidente dos EUA ordenou ataques de retaliação na província síria de Deir Ezzor, rica em petróleo, depois que um posto avançado da coalizão antijihadista foi atacado por um drone, que não causou vítimas.
Esse ataque ocorreu na mesma data em que a mídia estatal iraniana noticiou a morte de um general da Guarda Revolucionária dias antes, enquanto ele estava "em missão na Síria como conselheiro militar".
O Irã, um fiel aliado do governo do presidente Bashar al-Assad, afirma ter enviado militares ao país a convite de Damasco e apenas em caráter consultivo.
A coalizão internacional liderada pelos EUA reconheceu repetidamente a realização de ataques no leste da Síria contra combatentes pró-iranianos.
Israel também realizou vários ataques na Síria, mas raramente assume a responsabilidade por eles.
FONTE: Estado de Minas