Ex-chanceler mexicano aponta irregularidades na escolha de candidato governista à Presidência
O ex-chanceler mexicano Marcelo Ebrard denunciou irregularidades nas consultas realizadas pela situação, das quais sairá, nesta quarta-feira (6), seu candidato às presidenciais de 2024, e pediu a repetição da consulta.
"Já podemos concluir a esta altura que se o procedimento não for repetido, se esta consulta não for bem feita, não estaremos cumprindo com os objetivos que nos propusemos", disse Ebrard à imprensa horas antes de o partido governista Morena informar o resultado das consultas feitas com sua militância para escolher seu candidato.
A denúncia de irregularidades já tinha sido feita pela equipe de Ebrard antes de serem conhecidos os resultados das consultas, às quais se submeteram seis postulantes, com a ex-prefeita da Cidade do México Claudia Sheinbaum como favorita.
"Vamos muito bem, tudo está perfeito, já temos uma porcentagem alta (...) de avanço, mas queremos destacar que, apesar disso, ainda estamos preocupados com este processo", disse à imprensa a senadora Martha Lucía Micher, da campanha de Ebrard.
Os assessores do ex-chanceler, que acompanham a votação em um hotel da Cidade do México, denunciam vários "incidentes" que, em seu parecer, afetam as pesquisas para a escolha do candidato, como formulários incompletos.
O partido Morena realizou várias sondagens para eleger o candidato que esperam que suceda o presidente Andrés Manuel López Obrador. Ebrard já havia denunciado irregularidades no processo anteriormente que, em seu julgamento, beneficiam Sheinbaum.
Em particular, o ex-ministro menciona o uso de recursos públicos por parte da ex-chefe de Governo da capital.
"Sigo muito preocupado pelo processo de consulta em curso", escreveu nesta terça-feira no X (antigo Twitter).
Em 2 de junho de 2024, o candidato governista disputará a Presidência com a senadora Xóchitl Gálvez, que no último domingo foi escolhida como a postulante de uma coalizão opositora formada pelos partidos PAN (conservador), PRI (centro) e PRD (esquerda).
Se Sheinbaum for a vencedora, duas mulheres disputariam pela primeira vez a Presidência do México, já que até agora não se vislumbra a possibilidade de um terceiro candidato.
FONTE: Estado de Minas