Ex-contador é suspeito de desviar R$ 3 milhões de fazendeiro em Minas
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Um homem de 30 anos é suspeito de desviar cerca de R$ 3 milhões de uma propriedade rural voltada à exploração de café, em São Domingos das Dores, no Vale do Rio Doce. Com a investigação em curso, mandados de busca e apreensão em desfavor do suspeito, bem como bloqueio de bens e valores, foram cumpridos, informou a Polícia Civil (PCMG) nesta sexta-feira (27/10). A data das diligências policiais não foi informada.
O caso foi denunciado às autoridades após o proprietário da fazenda, de 91 anos, e seus familiares notarem que o empreendimento não estava rendendo o quanto se esperava. Contratado há quatro anos, o homem atuava como contador e havia efetuado um pagamento via Pix de R$ 5 mil para uma empresa de material de construção. O valor foi debitado na conta da vítima, e os materiais entregues na casa do investigado, que, inclusive, teria aberto diversas contas em bancos digitais com dados cadastrais do fazendeiro.
“A partir daí, os responsáveis pela propriedade começaram a realizar levantamentos internos e descobriram um rombo aproximado de R$ 3 milhões. Durante as apurações, foi constatado que o investigado movimentou expressivas quantias nos últimos meses, apesar de receber da vítima o valor mensal de R$ 3 mil”, explica a Polícia Civil, acrescentando que representou à Justiça pelo sequestro de bens e valores do ex-contador e da empresa na qual apenas ele é sócio, assim como pela expedição de mandados de busca e apreensão nos locais de possível armazenamento de provas materiais.
Com isso, foram bloqueados aproximadamente R$ 55 mil em contas bancárias, imóveis e cinco veículos, sendo que três já foram localizados e apreendidos. Nas buscas domiciliares também foram recolhidos um cartão de crédito do fazendeiro, dois cheques emitidos no nome da vítima no valor de R$ 39.330 cada, um celular, computadores, contratos diversos e quantias em dinheiro.
O ex-contador é investigado pela prática dos crimes de furto qualificado pelo abuso de confiança e emprego de fraude, apropriação indébita e falsidade ideológica.
FONTE: Estado de Minas