Ex-ginecologista é condenado por abusos sexuais nos EUA
Um ginecologista de Nova York acusado de abusar de dezenas de mulheres, entre elas a mulher de um ex-candidato à presidência, foi condenado nesta segunda-feira (24) a 20 anos de prisão por abusos sexuais.
Robert Hadden, 64, foi declarado culpado em janeiro por induzir pacientes a viajarem de outros estados para fazer exames ginecológicos em Manhattan, onde o médico abusava sexualmente delas.
A promotoria apelidou Hadden, que perdeu seu registro em 2012, de "predador de jaleco branco". Ao anunciar a sentença, o juiz Richard Berman disse que nunca havia visto "nada tão horrível, inimaginável ou depravado" como o caso do médico.
Após cumprir a pena, Hadden ficará em liberdade vigiada pelo restante de sua vida, informou um porta-voz do tribunal à AFP.
Morador do estado vizinho de Nova Jersey, Hadden foi acusado de abusar de mulheres entre o começo da década de 1990 e 2012. Entre suas vítimas, está Evelyn Yang, mulher de Andrew Yang, empresário do setor de tecnologia que aspirava à presidência em 2020 pelo Partido Democrata.
Em janeiro daquele ano, Evelyn disse à rede de TV CNN que Hadden havia abusado dela em 2012, quando ela estava grávida de sete meses de seu primeiro filho. Em um primeiro momento, ela não contou o que havia acontecido ao marido.
Hadden se declarou culpado em 2016 de duas acusações de apalpação e uma de abuso sexual de terceiro grau, após um acordo com a promotoria que o poupou da prisão. Como parte do acordo, ele perdeu seu registro médico.
No ano passado, o Centro Médico Irving, da Universidade de Columbia (CUIMC), anunciou que havia fechado um acordo de US$ 165 milhões (R$ 783 milhões) para ressarcir 147 pacientes de Hadden. Isto ocorreu depois que a Columbia anunciou outro acordo, de US$ 71,5 milhões, em 2021, entre seus hospitais e 79 pacientes de Hadden representadas por um advogado diferente.
Segundo a Universidade de Columbia, o departamento de obstetrícia e ginecologia do CUIMC revisou na última década as políticas existentes e ampliou os recursos para aumentar a segurança das pacientes.
FONTE: Estado de Minas