Ex-presidente peruano perde novo recurso para evitar extradição dos EUA
Um painel de um tribunal de apelações rejeitou um novo pedido do ex-presidente peruano Alejandro Toledo para evitar sua extradição dos Estados Unidos, detalha uma decisão publicada nesta quarta-feira (05).
A instância avaliou os argumentos apresentados pela defesa de Toledo e concluiu que "a execução da extradição servirá ao interesse público e favorecerá as relações entre os dois países".
O ex-presidente, 77, que reside em San Francisco, é requerido pela Justiça peruana sob as acusações de corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito do caso Odebrecht.
Toledo nega as acusações e já tentou vários recursos legais para bloquear a extradição, que o Peru busca desde 2018 e que Washington autorizou em fevereiro.
O procurador Ismail Ramsey, que representa os Estados Unidos em San Francisco, divulgou um parecer após a decisão de hoje e disse que Toledo deve ser colocado sob custódia para a execução da extradição.
Os advogados de Toledo não responderam ao contato feito pela AFP. O ex-presidente é acusado por Lima de ter recebido milhões de dólares da empreiteira brasileira Odebrecht em troca de contratos de obras públicas.
A Odebrecht reconheceu o pagamento de propinas no Brasil e outros países da América Latina no âmbito das investigações da operação Lava Jato, que levou dezenas de políticos e empresários da região à prisão.
Além de Toledo, quatro ex-presidentes peruanos enfrentam processos judiciais por corrupção: Ollanta Humala (2011-2016), Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), Martín Vizcarra (2018-2020) e Pedro Castillo (2021-2022).
O ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000) também foi condenado por corrupção. Alan García (2006-2011) cometeu suicídio em 2019, quando a polícia estava a ponto de efetuar sua detenção por suspeitas vinculadas ao escândalo Odebrecht.
FONTE: Estado de Minas