Exército do Azerbaijão diz ter tomado 60 posições armênias em ofensiva em Karabakh

19 set 2023
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O Exército do Azerbaijão garantiu, nesta terça-feira (19), que havia capturado mais de 60 posições armênias em sua ofensiva em Nagorno Karabakh, um enclave disputado com a Armênia há décadas.

"Mais de 60 posições de combate das forças [separatistas] armênias estão agora sob controle de nossas forças armadas", disse um porta-voz do Ministério da Defesa azeri, Anar Eyvazov, em uma entrevista coletiva.

O Azerbaijão lançou hoje uma operação militar em Nagorno Karabakh e pediu a retirada "total e incondicional" da Armênia deste enclave montanhoso do Cáucaso.

No fim de 2020, os dois países entraram novamente em guerra por causa desse território, depois de anos de relativa paz após o cessar-fogo firmado em 1994. Na época, a Turquia - que tem ótimas relações com o Azerbaijão e um histórico problemático com a Armênia - apoiou Baku e lhe forneceu drones.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, declarou diversas vezes que Turquia e Azerbaijão são "dois Estados, mas uma única nação", uma afirmação que reflete a proximidade histórica entre os dois países.

Nesse sentido, Erdogan reiterou hoje seu apoio ao Azerbaijão. "Apoiamos as medidas tomadas pelo Azerbaijão [...] para defender sua integridade territorial", escreveu o presidente turco na rede social X, o antigo Twitter. "Karabakh é um território azeri. A imposição de outro status nunca será aceita", acrescentou.

Pouco antes, o Ministério de Relações Exteriores da Turquia havia classificado de "legítimas" as "preocupações" que levaram o Azerbaijão a lançar a ofensiva.

"Como consequência das preocupações legítimas e justificadas que expressou reiteradamente [...], o Azerbaijão viu-se obrigado a tomar medidas que considera necessárias sobre seu próprio território soberano", indicou, mas, ao mesmo tempo, pediu a "continuidade do processo de negociação entre Azerbaijão e Armênia".

As relações entre Turquia e Armênia estão prejudicadas pelos massacres de armênios cometidos durante a Primeira Guerra Mundial no Império Otomano (atual Turquia). Erevan e muitos países consideram essas ações um genocídio, um termo que Ancara rejeita.

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FONTE: Estado de Minas


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