Família nega insanidade mental de mulher que matou a mãe e a filha em BH

16 mar 2023
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!
Os corpos de Maria do Rosário de Fátima Pinto, de 67 anos, e criança, de 10 anos, encontradas mortas nessa quarta-feira (15/3), no Bairro Piratininga, em Venda Nova, foram velados na tarde desta quinta-feira (16/3) no Cemitério da Paz, Região Noroeste de BH. Segundo familiares das vítimas, a suspeita não possui problemas mentais como havia sido alegado em depoimento.
Mais cedo, Amanda Christina Souza Pinto, de 34 anos, filha de Maria do Rosário e mãe da criança, confessou ter matado a idosa e a menina enforcadas, na segunda-feira (13/3) e terça-feira (14/3), respectivamente. Segundo a Polícia Militar (PMMG) a suspeita ainda tentou se matar inalando gás, mas foi resgatada com vida pelo Corpo de Bombeiros.
A contadora Cristiene Moreira da Silva, prima da Amanda, acredita que a versão da suspeita sobre o enforcamento possa ser mentira. “A cena que eu vi no IML ontem, não é uma cena de um simples enforcamento. Ela bateu, machucou, foi uma cena monstruosa”, contou Cristiene. Devido aos ferimentos nos corpos, o velório precisou ocorrer com caixões fechados.
Cristiene conta também que a prima foi criada pelo tio e a tia, e que as duas cresceram juntas até os 11 anos de idade, por isso, o crime é ainda mais chocante para. A contadora disse ainda que a suspeita não tem problemas mentais, como já havia sido alegado. “Ela nunca teve problema mental. O único problema que ela sempre teve foi usar drogas”, afirmou.
Segundo Cristiene, Amanda era uma pessoa muito fechada, que nunca se abria com a família, mas a sua tia nunca havia reclamado dela e por isso não podia afirmar que a mulher tinha comportamentos violentos. A contadora garante que não vai deixar a suspeita alegar insanidade mental, sendo que “o que ela fez foi maldade”.

'Vivia às custas da mãe'

Já Michelle Cardoso, tia da criança morta e cunhada da suspeita, explica que desde que o irmão morreu não recebia notícias da sobrinha. Os contatos cessaram por completo desde que a avó paterna da menina parou de dar dinheiro para Amanda. “Não recebia mensagem, não dava notícias, até chegar a bloquear a gente há pouco tempo”, disse.
Michelle conta que a suspeita vivia de extorquir a própria mãe, uma senhora que trabalhava como faxineira. Mesmo com a ajuda de familiares para conseguir emprego, Amanda nunca se interessou pelas oportunidades.
“Ela não gostava de trabalhar. O negócio dela era usar droga, ficar no celular e curtir balada. Essa era a vida da Amanda, viver às custas da mãe”, afirma Michelle.

Pessoa possessiva

Amanda proibia a mãe de interagir com os familiares, bloqueando os contatos da idosa, que precisava conversar com as pessoas de maneira escondida. “A partir do momento em que a pessoa faz isso, ela é bem possessiva. Perto das pessoas ela era uma coisa, mas dentro de casa ela era completamente diferente”, explica Michelle, que ainda achava que a suspeita tratava a mãe de maneira muito grosseira.
A tia da criança também acredita que o crime não foi “apenas enforcamento” e que o laudo da perícia vai confirmar uma nova versão. Michelle argumenta sua avaliação com o fato de que a sobrinha precisou de um caixão especial para ser sepultada.
A cunhada da suspeita também nega a alegação de insanidade mental. “Amanda sempre foi consciente de todos os atos dela. Ela não tem nenhuma loucura, por isso ela precisa pagar conscientemente tudo que ela fez e a gente quer justiça”, completou Michelle Cardoso.
*Estagiário sob supervisão 

FONTE: Estado de Minas

FIQUE CONECTADO