Federação espanhola demite técnico da seleção feminina, Jorge Vilda

05 set 2023
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A Federação Espanhola de Futebol (RFEF) anunciou, nesta terça-feira (5), que Jorge Vilda não é mais o técnico da seleção feminina de futebol do país, "uma das primeiras medidas de renovação" após o escândalo pelo beijo forçado de Luis Rubiales na jogadora Jenni Hermoso.

A RFEF "decidiu prescindir dos serviços de Jorge Vilda", figura próxima a Rubiales, "como diretor esportivo e técnico da seleção feminina, cargo, este último, que assumiu em 2015", informou a entidade em comunicado.

A continuidade de Vilda estava por um fio por sua relação próxima com o dirigente, a quem o treinador aplaudiu quando afirmou que não renunciaria à presidência da RFEF durante uma assembleia da federação.

Essa proximidade foi evidenciada pelo próprio Rubiales, quando nesse mesmo discurso propôs a renovação do contrato de Vilda no comando da seleção feminina e o aumento de seu salário para 500 mil euros (R$ 2,6 milhões na cotação atual) por ano.

O treinador também foi criticado por 15 jogadoras da seleção em setembro de 2022, que afirmaram então não querer continuar vestindo a camisa da Espanha enquanto ele continuasse à frente da equipe, causando "situações" que afetavam seu estado "emocional e pessoal" e seu "rendimento".

Em todo caso, a RFEF não emitiu críticas a Vilda no comunicado da demissão e elogiou sua "conduta pessoal e esportiva intacta, sendo peça chave no notável crescimento do futebol feminino na Espanha".

"Desde sua chegada à Federação, Jorge Vilda deu um impulso notável que se reflete nos grandes resultados obtidos. Como treinador, venceu duas vezes o Europeu sub-17 e também o sub-19, sendo a vitória na Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia sua maior conquista", acrescentou a RFEF.

O anúncio acontece momentos depois de a RFEF pedir "desculpas" pelo comportamento "totalmente inaceitável" de Rubiales em outro comunicado, no qual anunciou "um conjunto de atuações" para melhorar a "governança" da entidade, "reparar" os danos causados e "garantir que estes comportamentos não se repitam".


FONTE: Estado de Minas


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