Filha de mulher assassinada na Grande BH está desaparecida há uma semana
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A menina Evellyn Jasmim Machado de Acacio, de 8 anos, filha de uma mulher sequestrada e assassinada no dia 21 de junho, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, continua desaparecida. Uma semana depois do sumiço, ainda não há nenhuma atualização sobre o caso. A investigação está sendo apurada pela equipe do Departamento Estadual de Operações Especiais (DEOESP) da Polícia Civil.
Evellyn estava com a mãe, Katlyn Oliveira, de 32 anos, em um salão de beleza no Bairro General Carneiro, quando sofreu uma emboscada. O homicídio da mulher também está sendo apurado. De acordo com a corporação, quem tiver informações sobre a possível localização da criança, basta ligar no 0800 2828 197. O sigilo e anonimato são garantidos.
Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que Katlyn é vista correndo no meio da rua. Ela é interceptada por um carro, e, em seguida, disparos são feitos em sua direção. O corpo da mãe de Evelyn foi encontrado caído no meio de uma rua no Bairro Nações Unidas, também em Sabará.
Mais mortes
A proprietária do salão de beleza em que mãe e filha estavam quando foram sequestradas também foi morta. O corpo de Ana Raquel de Brito, de 32 anos, foi encontrado na noite da última quinta-feira (22/6), dentro de um Chevrolet Onix Plus, que estava abandonado na BR-040, próximo ao Bairro Morada Nova, em Contagem, na Grande BH.
Durante o registro da ocorrência, o advogado da dona do carro compareceu ao local informando que a mulher teve o veículo roubado e que ela o localizou por meio do rastreador no Bairro Padre Eustáquio, na Região Noroeste de BH.
No sábado (24/6), durante o enterro, o irmão da vítima, Maxwell Brito, lamentou muito o crime e pediu respostas. "No momento eu só quero saber das autoridades o que está acontecendo, se sabem quem são os autores, se já conseguiram os pegar e onde está a menina que também sumiu. Só desejamos justiça", afirma.
Para o tio da cabeleireira, Ozires Cordeiros, também fica a revolta. "Ela não tinha envolvimento nenhum. Foi atingida por ver o crime, era só uma comerciante. Isso é uma tragédia", diz.
Envolvimento com o tráfico
Embora a motivação do sequestro e assassinato ainda não tenha sido informada pela Polícia Civil, publicações feitas por Katlyn, no ano passado, apontam que o crime pode ter sido motivado por desavenças da vítima com o ex-marido, que atualmente está preso.
No dia seguinte ao crime na Grande BH, na quinta-feira (22/6), um aparelho celular foi encontrado dentro da cela onde o homem está detido, na Penitenciária de Francisco Sá, no Norte de Minas. Ele está preso por tráfico de drogas e promoção, constituição, financiamento ou integração de organização criminosa.
Em suas redes sociais, Katlin relata que teve uma separação conturbada e acusa o ex-companheiro de ter matado seu namorado, em 2022. “Pergunto todos os dias a Deus: 'Por quê? Por que permitiu a esses covardes, que são acostumados a fazer covardia com os outros? Como Deus deixou eles tocarem na sua vida, um menino tão pureza que não tinha coragem de fazer mal a ninguém?'. Muito pelo contrário, só ajuda. Prova disso, que foi morto ao sair de casa para ajudar a um falso amigo. Deus, por quê? Tem coisas que aqui na Terra a gente nunca vai conseguir entender”, escreveu.
A mulher ainda relata que estava sendo pressionada por amigos do ex, por ter se envolvido com outra pessoa depois do término. Em outra publicação, Katlin mostrou prints da conversa com o pai de Evelyn, em que o homem a “autoriza” a se relacionar com outras pessoas. “Ele sempre deixou claro que eu tinha o direito de viver a minha vida. Ele dizia que tinha ciência que ele deu ‘mole’ comigo, e tudo que ele tinha feito: as traições com mulheres da rua, com ex dele, com minhas falsas amigas, parentes etc.”
FONTE: Estado de Minas