FMI vê ‘progressos significativos’ em governança no Haiti

15 jun 2023
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O Haiti registrou "progressos significativos" em sua governança ao aprovar "reformas políticas importantes", apesar de um contexto de crise humanitária, afirmou nesta quinta-feira (15) o Fundo Monetário Internacional (FMI), em sua última avaliação de um programa de supervisão.

Há um ano, o Fundo aprovou um programa supervisionado por funcionários (SMP, sigla em inglês), que não envolve gasto de recursos, para ajudar o governo a restaurar a estabilidade macroeconômica. Ele vigorou até o fim de maio e contribuiu para "fortalecer a governança e transparência fiscal" no país, apontou o FMI.

O Haiti, país mais pobre do continente americano, está mergulhado em um grave crise política, econômica, de segurança e sanitária. A situação é especialmente grave desde o assassinato do presidente Jovenel Moise, em julho de 2021, e o auge das quadrilhas, que ganharam controle territorial.

Ainda assim, "houve um progresso significativo em questões de governança", aponta o FMI, que avalia que "a corrupção e os riscos mais amplos de integridade financeira devem continuar sendo abordados de forma efetiva".

Segundo a organização financeira, o governo realizou "reformas políticas importantes", que incluem a governança e a luta contra a corrupção, a administração tributária e de receitas, a gestão das finanças públicas, a autonomia do banco central e a luta contra a lavagem de dinheiro. "O fornecimento de dados também melhorou."

Autoridades aprovaram medidas para que haja prestação de contas "no uso dos recursos públicos e impulsionaram a transparência na contratação pública de recursos de emergência".

O país foi bastante afetado pelos efeitos decorrentes da invasão russa à Ucrânia, como a inflação dos preços dos alimentos. Isto, somado à situação de segurança grave, deu lugar a "um ambiente macroeconômico pior do que o previsto" quando o SPM foi aprovado, em junho de 2022.

Atualmente, o FMI assegura que o Haiti está interessado em outro programa similar, para apoiar as reformas aprovadas recentemente.


FONTE: Estado de Minas


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