Foragido há 3 anos, engenheiro agrônomo condenado por manter 200 pés de maconha e laboratório de drogas é preso em Cataguases
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Funcionário da Supram vinha sendo procurado desde 2020, após a Operação ‘Nematoide’. À época, também foram localizadas munições, sementes e informações referentes ao cultivo da planta. Mais de 200 pés de maconha fora apreendidos durante Operação 'Nematoide' na Zona da Mata
MPMG/Divulgação Foi preso em Cataguases, nesta sexta-feira (16), o servidor público da Superintendência Regional do Meio Ambiente (Supram) que estava foragido desde outubro do ano passado por ter mais de 200 pés de maconha e manter um laboratório para produção de drogas ilícitas em casa, entre os municípios de Divinésia e Ubá. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A ação foi coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Zona da Mata, com o apoio da Polícia Militar de Cataguases. O engenheiro agrônomo, condenado por 13 anos de prisão, valia-se dos seus conhecimentos técnicos para a produção de drogas ilícitas em grande escala, segundo o promotor de Justiça Breno Costa da Silva Coelho, do Gaeco Zona da Mata. O caso foi descoberto durante a Operação 'Nematóide'. À época, também foram localizadas munições, sementes e informações referentes ao cultivo da planta. O nome “Nematoide” refere-se a uma praga que fica escondida nas raízes das plantas, de forma a sugar os seus nutrientes e intoxicar as células, podendo levá-las à morte. Vantagens indevidas a empreendedores Ainda segundo o promotor, o servidor também foi recentemente denunciado pela prática dos crimes de corrupção passiva e falsidade documental. A suspeita é que ele também aproveitava a condição de agente público integrante do quadro efetivo ocupado na Semad, em Ubá, para solicitar e receber vantagens indevidas, favorecendo empresas e empreendedores na emissão de pareceres favoráveis à concessão e à renovação de licenciamentos ambientais. Operação ‘Nematoide’ A primeira fase da operação foi realizada no dia 31 de outubro de 2018 para combater a atuação de uma associação criminosa estruturada para facilitar a concessão de licenças ambientais no âmbito da Supram Zona da Mata, vinculada à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Semad). Na ocasião foram cumpridos cinco mandados de prisão temporária, incluindo de dois servidores da Supram, e outros nove de busca e apreensão em Ubá, Cataguases e Viçosa. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), as provas obtidas em procedimento investigatório criminal demonstraram que agentes públicos, advogados e consultores associaram-se para favorecer empresas e empreendedores na concessão de autorizações e licenças ambientais. A segunda fase da operação ocorreu em outubro de 2020 e foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Rio Pomba, Belo Horizonte, Urucânia e Divinésia. Policiais militares participaram da ação que resultou na apreensão de mais de 200 pés de maconha MPMG/Divulgação Na terceira fase foi cumprido um mandado de prisão temporária contra um consultor ambiental envolvido no esquema. Ele foi solto posteriormente e o processo segue em andamento. Na ocasião, cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Rio Pomba e Guarani. LEIA TAMBÉM: SUPRAM: Engenheiro agrônomo que tinha laboratório para produção de drogas é condenado em MG GAECO: Operação ‘Nematoide II’ apreende mais de 200 pés de maconha na Zona da Mata NEMATOIDE: Operação do MPMG combate grupo que facilitava concessão de licenças ambientais na Zona da Mata 📲 Confira as últimas notícias do g1 Zona da Mata 📲 Acompanhe o g1 no Instagram e no Facebook VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das VertentesFONTE: G1 Globo