França é aliado ‘confiável’ dos EUA, mas deve manter vínculo com China, diz ministro

12 abr 2023
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A França é um aliado "forte e confiável" dos Estados Unidos, declarou à AFP, nesta quarta-feira (12), o ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, que também enfatizou que continua sendo importante manter o diálogo diplomático e o relacionamento comercial com a China.

Os comentários do ministro aconteceram depois que o presidente francês, Emmanuel Macron, sugeriu que a Europa não deveria ser um "seguidor" dos Estados Unidos em caso de conflito com a China por Taiwan.

As declarações de Macron, realizadas em uma entrevista recente, poderiam causar confusão entre seus aliados do Ocidente, na opinião de analistas.

"Temos a intenção de continuar sendo aliados fortes e confiáveis dos Estados Unidos", declarou Le Maire, à margem das reuniões de primavera (no hemisfério norte) do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), que acontecem esta semana em Washington.

Este assunto também gera debate político na França, acrescentou.

Antes de viajar para a China, Macron falou com o presidente americano, Joe Biden, com o objetivo de manter uma "coordenação profunda" com Washington em relação ao posicionamento com Pequim.

Perguntado sobre Taiwan, Le Maire disse que a questão crucial é pedir à China que "desescale" em suas atitudes e manobras no entorno da ilha de governo autônomo, que Pequim considera uma província rebelde que faz parte de seu território.

Na frente econômica, Le Maire lamentou o fato de alguns nos Estados Unidos pensarem que os países ocidentais deveriam se desvincular da economia chinesa, apesar de o volume comercial entre Estados Unidos e China "jamais ter sido tão alto".

Para o ministro francês, a Europa não deve dar um passo para trás enquanto outros países continuam fazendo comércio com o gigante asiático.

Le Maire afirmou que também é necessário manter o diálogo com a China em questões como a mudança climática, a reestruturação da dívida e o não fornecimento de armas para a Rússia em sua guerra na Ucrânia.

"Precisamos do apoio da China, e precisamos que a China se envolva", disse.


FONTE: Estado de Minas


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