Gerente de loja de veículos é preso suspeito de estelionato em Santa Luzia

22 set 2023
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Um homem, que não foi identificado, foi preso na manhã desta sexta-feira (22) no bairro São Benedito, em Santa Luzia, na Grande BH. Ele é gerente de uma loja de veículos onde a Polícia Militar já foi acionada mais de 20 vezes apenas nos últimos três meses para atender ocorrências de estelionato.
Uma vítima do grupo acionou a PM no local. Ela contou aos militares que fez um contrato de financiamento para adquirir um veículo, mas não conseguiu retirar o carro, mesmo após ter feito o pagamento inicial combinado. 
A vítima também disse que esteve diversas vezes na loja, mas sempre era informado de que deveria continuar pagando as prestações até que inteirasse ao menos 50% do valor do veículo para conseguir fazer a retirada.
O gerente da loja teria ameaçado a vítima de morte, dizendo que mataria toda sua família, caso a polícia fosse acionada. 
No local, o suspeito teria discutido com os militares, debochando da situação. Após uma confusão, ele recebeu voz de prisão pelo crime de estelionato e desacato. 
O homem preso foi levado para a Delegacia da Polícia Civil.

Como funciona o golpe?

A loja é conhecida pelos policiais pelo golpe da falsa venda de veículos. Segundo o Sargento Edgar Miranda, que atendeu a ocorrência, há 25 ocorrências em aberto no nome do estabelecimento apenas nos  quatro meses em que eles estão abertos.
O grupo engana a vítima na negociação do veículo. A pessoa vai até a loja, escolhe o carro desejado e fecha um negócio em parcelas para fazer a aquisição. Mas, o veículo não é retirado.
Ao tentar levar o carro, a vítima é informada de que foi criado um crédito em seu nome na loja e que ela deve pagar até metade do valor acordado para que consiga ficar com o automóvel. “Eles te mostram o carro, quando você vai pegar, eles falam que é um crédito e que a pessoa só pode pegar depois de pagar 50%. Se o carro vale 30 mil, você tem que pagar 15 mil. No fim das contas, ninguém tira o veículo e eles ficam com o dinheiro”, explicou o Sargento Miranda.

FONTE: Estado de Minas

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