Gloria Groove volta ao baile funk em nave que a transporta para o universo sexual do álbum ‘Futuro fluxo’
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!
Capa do álbum 'Futuro fluxo', de Gloria Groove
Divulgação Resenha de álbum Título: Futuro fluxo Artista: Gloria Groove Edição: SB Music Cotação: ★ ★ ★ 1/2 ♪ Terceiro álbum de estúdio de Gloria Groove, Futuro fluxo resulta mais interessante do que fizeram supor os singles Proibidona (2023) e Bruxaria 3000 (2023), apresentados em 18 de janeiro e 26 de outubro, respectivamente. Com 12 músicas, se contabilizada a inclusão de Modo Xuxa (2023) como faixa-bônus, o disco soa conceitual. Em clima futurista, a artista propõe viagem espacial em nave que transporta o ouvinte para o universo sexual de baile funk em que se ouve diversas vertentes e batidas do gênero, além de letras de alta carga erótica. Com faixas formatadas pelos produtores Pablo Bispo, Ruxell, Multi e TapSounds, o álbum Futuro fluxo orbita em torno do funk turbinado pelo prazer sexual e por beats eletrônicos de maior ou menor pressão. Para tal, Groove convidou nomes como MC GW – nome artístico do rapper paulistano Glaucio Willians – e a estrela fluminense Ludmilla, presentes no funk DaBraba. MC GW também figura em Beat megatrônico, faixa afinada com o conceito do disco. Justiça seja feita, Gloria Groove se desvia em Futuro fluxo da trilha seguida pelo consagrador álbum anterior da artista paulistana, Lady Leste (2022). Seria cômodo fazer cópia do disco do ano passado, mas Groove segue corajosamente por outro caminho em Futuro fluxo. Ao mesmo tempo, a artista apresenta álbum por vezes repetitivo, embora não exatamente monocórdico porque as batidas variam. A viagem começa com Planeta ousadia (espécie de convite para embarque na nave), segue com a vinheta-título Futuro fluxo (gravada com a adesão de DJ Tonias) e leva a tropa para parada que inclui Ao som do tuim – faixa que reúne DJ GBR e MC Rick – e continua com temas mais ou menos parecidos. Entre a pressão contagiante do funk dance pop Barulhada e a batida veloz de Entra na nave (faixa em que Gloria se junta com MC Aleff e MC Jhenny), a artista convida a drag queen Silvetty Montilla para Aquecimento Silvetty. Em certa altura do disco, fica inevitável comparar Futuro fluxo com o mais recente álbum de Pabllo Vittar, Noitada (2023), lançado em fevereiro com conceito similar, mas com caldeirão rítmico mais variado. No todo, o fervo noturno de Gloria Groove – encerrado com remix de Proibidona, faixa que juntou a cantora com Anitta e Valesca Popozuda – oscila mais à medida em que vão sendo ouvidas faixas como Raio laser, gravada com Thiago Pantaleão. Como sinalizara o single Bruxaria 3000, o álbum Futuro fluxo tem certo encanto sem, contudo, enfeitiçar o ouvinte como o aclamado antecessor Lady Leste.FONTE: G1 Globo