Guerra entre facções criminosas é apontada como causa para alta de assassinatos em Juiz de Fora
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Setembro deste ano ainda nem acabou e a quantidade de homicídios registrados já é quase o dobro de todo o mês em 2022. Dados da Sejusp também apontam crescimento no número de assassinatos no primeiro semestre de 2023. Homicídio foi registrado em Juiz de Fora - imagem de arquivo
Redes sociais/Reprodução Uma guerra entre facções criminosas tem sido apontada como uma das principais causas para o aumento no número de assassinatos em Juiz de Fora. Setembro deste ano ainda nem acabou e a quantidade de homicídios registrados já é quase o dobro de todo o mês em 2022. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Em entrevista à TV Integração na última semana, o delegado Márcio Rocha confirmou que a cidade vive um momento de tensões acirradas com disputa de território entre criminosos pelo domínio, principalmente, de pontos de tráfico de drogas. “É uma disputa entre essas facções, e o número de homicídios vem aumentando, mas está sendo monitorado. Disputa de pontos de tráfico, então, posso te falar que tem uma guerra entre duas facções aqui”, afirmou. Dados estatísticos apontam que em todo o mês de setembro do ano passado foram registrados quatro homicídios. Neste ano, até o dia 22 de setembro já haviam sido registrados sete assassinatos na cidade, número que ainda pode aumentar até o final deste mês. Em um recorte mais amplo, que leva em consideração não apenas um mês de forma isolada, mas um período maior, o número de homicídios em Juiz de Fora também sofreu alta. Os últimos dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp-MG) trazem o comparativo nos registros de assassinatos entre os meses de janeiro a julho no ano passado e neste ano, o crescimento em 2023 foi de 24%. De acordo com o levantamento nos primeiros sete meses de 2022 a cidade contou com 33 assassinatos. No mesmo período deste ano foram registrados 44 homicídios. O número, segundo a Sejusp-MG, é o maior registrado em Juiz de Fora desde o ano de 2018. ⚠️ A comunidade e grupo de notícias do g1 Zona da Mata serão desativados. Se inscreva no canal para seguir recebendo as notícias da região direto no seu WhatsApp! Repressão aos homicídios Operação 'Avalanche' foi realizada em Juiz de Fora Polícia Civil/Divulgação Como forma de combater a alta no número de homicídios na cidade, a Polícia Civil desencadeou neste mês a primeira fase da operação “Avalanche”. O objetivo, de acordo com a corporação, é mapear e monitorar pontos de disputa de tráfico liderados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), que se instalaram em Juiz de Fora e região. Os grupos seriam responsáveis por tráfico de drogas, homicídios e outros crimes cometidos na região. Nesta primeira fase, uma mulher foi presa no Bairro Alto dos Passos e um jovem no Vila Esperança. Entrevista coletiva deu detalhes sobre a operação em Juiz de Fora André Lamounier/TV Integração Segundo a polícia, a operação ganhou o nome de “Avalanche” por abrir uma série de outras ações para “desmoronar” o crime organizado na cidade. Participaram da operação 70 policiais, de Belo Horizonte e Juiz de Fora. A ação, de acordo com o delegado Márcio Rocha, foi a primeira de uma série de outras previstas para acontecerem na região. LEIA TAMBÉM: VIOLÊNCIA: Facções de RJ, SP e Nordeste instaladas em Juiz de Fora são alvos de operação BALANÇO: Número de homicídios cresce mais de 70% em Juiz de Fora; registro é o maior em 4 anos BAHIA: Migração de facções criminosas e 'guerra' às drogas: entenda como cidades viraram as mais violentas do Brasil 📲 Siga o g1 Zona da Mata: Instagram, Facebook e Twitter 📲 Receba no WhatsApp as notícias do g1 Zona da Mata VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das VertentesFONTE: G1 Globo