Homem é preso suspeito de abusar sexualmente de 25 mulheres
Segundo o capitão Michael Stephan da Silva, comandante da 210ª Companhia da Polícia Militar de Bocaiuva, foi levantada a informação de que, ao longo dos anos, 25 mulheres foram abusadas sexualmente pelo mesmo homem quando crianças e adolescentes.
O suspeito é morador no distrito de Terra Branca, onde foi preso no dia 8 de agosto passado, após ter sido denunciado pelo estupro de uma adolescente de 16 anos, portadora do Transtorno do Espectro Aurista (TEA).
A denúncia foi levada ao Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente de Bocaiuva. Mas acabou não ficando preso.
Conforme o capitão Michael Stephan, depois que a denúncia do estupro contra a adolescente autista veio à tona, várias outras mulheres de Terra Branca “criaram coragem” e procuraram a polícia para revelar que também foram vítimas de abusos sexuais praticados pelo mesmo autor.
Por isso, nesta terça-feira, a PM, juntamente com a Polícia Civil, montou uma operação e prendeu o suspeito em Terra Branca (distante 100 quilômetros da sede de Bocaiuva). Foi cumprido um mandado de prisão temporária.
Segundo o capitão Stephan, sete mulheres revelaram que foram abusadas sexualmente ao longo de mais de 30 anos. De acordo com o militar, elas disseram que sofreram os abusos, principalmente, nas idades de 4 a 10 anos.
Ainda segundo o capitão da PM de Bocaiuva, as vítimas relataram que conhecem outras mulheres que também teriam sido importunadas sexualmente pelo mesmo suspeito enquanto eram crianças e adolescentes, mas que nunca tiveram coragem de fazer denúncia. Contaram ainda que o maníaco atraía as crianças para sua casa com a oferta de dinheiro e doces.
Stephan informou que o suspeito trabalhava como coveiro no pequeno cemitério de Terra Branca, onde auxiliava na igreja católica local, “batendo o sino” em horários de missa. Assim, conseguia se aproximar das crianças e adolescentes.
Na operação desta terça-feira foram aprendidos quatro telefones e vários preservativos na casa do suspeito. A Polícia Civil dará continuidade às investigações, devendo ouvir depoimentos das supostas vítimas.
FONTE: Estado de Minas