Honduras extradita para os EUA mulher acusada de tráfico de pessoas
Autoridades hondurenhas extraditaram para os Estados Unidos, nesta quinta-feira (22), uma mulher acusada de tráfico de pessoas e de lavagem de dinheiro, informaram a Polícia Nacional e uma fonte judicial à AFP.
María Mendoza Mendoza, uma hondurenha de 50 anos, conhecida como "La Patrona", foi transportada da sede das Forças Especiais Cobras da Polícia Nacional, ao leste da capital, em um veículo blindado, em uma operação de segurança que incluiu um helicóptero, para o aeroporto de Palmerola, 50 km ao norte de Tegucigalpa, segundo o informe policial.
No aeroporto, era esperada por membros do serviço US Marshals (agentes de aplicação da lei, uma espécie de serviço de delegados de polícia dos Estados Unidos, ligado ao Departamento de Justiça) para ser transferida para o estado do Arizona.
"María Mendoza Mendoza foi capturada em 8 de fevereiro de 2023 a pedido do Distrito do Arizona por supô-la responsável por três crimes de formação de quadrilha para transportar e abrigar imigrantes 'ilegais' com fins lucrativos", disse à AFP o porta-voz do Poder Judiciário, Melvin Duarte.
"A quarta acusação é conspiração para cometer lavagem de dinheiro" do tráfico de imigrantes.
Mendoza estava presa no presídio para mulheres de Támara, 25 quilômetros ao norte da capital, onde, na terça-feira, um confronto entre gangues que levou a um incêndio deixou 46 detentas mortas.
"A fumaça a afetou. Levaram-na para uma clínica e decidiram extraditá-la já", acrescentou Duarte.
Outras 36 pessoas foram extraditadas para os Estados Unidos, todas por tráfico de drogas, incluindo duas mulheres.
O caso de maior repercussão foi o do ex-presidente Juan Orlando Hernández, acusado de exportar 500 toneladas de cocaína para os Estados Unidos entre 2004 e 2022. Ele foi extraditado para Nova York em abril do ano passado.
Seu irmão, Juan Antonio "Tony" Hernández, foi condenado à prisão perpétua em março de 2021 nos Estados Unidos pelo mesmo crime.
FONTE: Estado de Minas