Incêndio na ilha espanhola de La Palma destrói milhares de hectares
Após um período de certa tranquilidade nos incêndios florestais na Espanha, um foco começou neste sábado (15) em La Palma, nas Ilhas Canárias, e já queimou 4.500 hectares e obrigou a evacuar mais de 2.500 habitantes.
Este novo incêndio acontece na ilha que sofreu com a erupção de um vulcão de setembro a dezembro de 2021, um pouco mais ao norte.
"O fogo se espalhou muito rapidamente. O vento, as condições climáticas, assim como a onda de calor que vivemos, geraram muito material nas montanhas, e estamos falando de 4.500 hectares afetados", disse o presidente do governo regional das Ilhas Canárias, Fernando Clavijo, à imprensa.
"É um incêndio que ganhou muita força em muito pouco tempo", destacou o ministro do Turismo, Indústria e Comércio, Héctor Gómez, na mesma coletiva de imprensa.
Sergio Rodríguez, principal autoridade da ilha, pediu que as ordens de evacuação sejam acatadas, pois isso permite trabalhar "com mais tranquilidade".
O governo canário explicou anteriormente que as chamas começaram de madrugada no município de Puntagorda.
O fogo "já atinge o município de Tijarafe, onde o núcleo populacional foi evacuado", embora sem "registros de danos pessoais", indicou o comunicado sobre essa localidade com mais de 2.500 habitantes.
O prefeito de Tijarafe, Marcos Lorenzo, detalhou à televisão pública TVE que "nem todo o povoado" foi evacuado e que "é muito difícil" saber a quantidade exata de pessoas realocadas.
Cerca de 300 efetivos por terra e um total de 10 meios aéreos participam dos trabalhos de extinção dos focos, e o governo das Canárias solicitou ao Poder Executivo central "dois hidroaviões" que estão vindo do continente.
Segundo o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), em 2022, a Espanha registrou cerca de 500 incêndios que devoraram mais de 300.000 hectares, em um ano especialmente ruim.
Quase 66.000 hectares foram queimados na Espanha em 2023, segundo o EFFIS.
Uma situação preocupante em um país afetado pela mudança climática, que se reflete nos últimos anos em mais ondas de calor e menos chuvas.
A primavera meteorológica deste ano foi a mais quente já registrada e a segunda mais seca, segundo a agência espanhola de meteorologia.
FONTE: Estado de Minas