Incêndio na ilha espanhola de Tenerife está ‘estabilizado’, segundo autoridades
O incêndio que desde 15 de agosto assola a ilha espanhola de Tenerife, no arquipélago turístico das Canárias, está "estabilizado", anunciaram as autoridades locais na noite desta quinta-feira (24).
"A boa notícia é que o incêndio está estabilizado (...) É uma excelente notícia", disse em coletiva de imprensa o presidente do governo regional das Canárias, Fernando Clavijo, após as chamas terem consumido cerca de 15 mil hectares da ilha ao longo de nove dias.
Embora seja o maior incêndio florestal registrado na Espanha desde o início do ano, não deixou vítimas, porém obrigou milhares de moradores a deixarem suas casas - até 12.000 nos piores momentos de avanço do fogo. A maioria já foi autorizada a retornar.
Com uma superfície total de 203.400 hectares, Tenerife viu 7% do seu território ser reduzido a cinzas.
Muitas estradas seguem interditadas na ilha, a maior do arquipélago canário, localizado em frente à costa noroeste da África.
"Isso não significa que não vai ter uma reativação", advertiu Clavijo, que também disse que as autoridades têm "os meios mobilizados em um amplo perímetro de mais de 90 quilômetros para poder atuar de maneira imediata e contundente e sufocar qualquer" novo foco de incêndio.
Aproximadamente 115 bombeiros e militares lutam contra as chamas, ajudados por 16 aviões, segundo os últimos números do governo regional.
A ilha já experimentou episódios de maior magnitude quanto à superfície queimada, sobretudo em 2007, mas as condições meteorológicas e a topografia deste último, ocorrido em uma região montanhosa, fizeram dele o "mais complicado" do arquipélago em 40 anos, explicou Clavijo.
Em uma visita à ilha na segunda-feira, o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciou que vai declarar o local do incêndio como zona de catástrofe natural para agilizar a liberação de recursos para a população afetada.
Madri "vai se envolver (...) nos trabalhos de reconstrução", assegurou, porém sem especificar a quantia.
O incêndio foi declarado após uma onda de calor no arquipélago, que aumentou o risco de incêndios.
As ilhas Canárias costumam ter temperaturas amenas durante todo o ano, mas ultimamente os termômetros bateram os 40° C. Ainda não se sabe o incêndio foi provocado ou não.
FONTE: Estado de Minas