Incêndios no Canadá consumiram mais de 2,7 milhões de hectares este ano
Mais de 2,7 milhões de hectares já foram devastados pelo fogo no Canadá em 2023, oito vezes mais do que a média dos últimos 30 anos, informaram nesta quinta-feira (1º) as autoridades, que lidam com mais de 200 incêndios ativos.
Após o oeste do país e as províncias de Alberta e Saskatchewan no início de maio, agora é a vez do leste do território e da Nova Escócia, afetados por "incêndios sem precedentes".
"Essas condições, nesta época do ano, são sem precedentes e obviamente são motivo de preocupação", disse Bill Blair, ministro de Segurança Pública do Canadá.
Atualmente, 211 incêndios florestais estão causando estragos no país norte-americano e 82 estão fora de controle, acrescentaram.
A chegada de uma onda de calor extrema e fortes ventos pelo leste poderia provocar um "comportamento extremo dos incêndios", destacaram os bombeiros.
Só na Nova Escócia, 16 incêndios estão ativos nesta quinta-feira. Um deles atingiu os subúrbios da principal cidade da província, Halifax, e obrigou as autoridades a evacuarem mais de 16 mil pessoas. Agora está parcialmente sob controle.
Mas outro incêndio perto do lago Barrington está sendo monitorado de perto, pois ainda está fora de controle depois de devastar 20 mil hectares. É o maior incêndio já registrado nessa província.
Mais de 2 mil pessoas receberam ordens de evacuação na área no início desta semana devido à propagação do fogo.
"Estamos longe de estar fora de perigo. Ainda enfrentamos uma situação muito perigosa e volátil", explicou David Steeves, do Departamento de Recursos Naturais da Nova Escócia.
A fumaça dos incêndios que assolam a província há três dias chegou até mesmo à costa atlântica dos Estados Unidos, causando picos de poluição do ar no estado de Nova Jersey e em determinadas áreas da Pensilvânia.
No oeste do Canadá, mais de 60 incêndios seguem ativos em Alberta um mês após o estado de emergência ser declarado, e cerca de 20 em Saskatchewan.
O Canadá, que está se tornando mais quente mais rápido do que o resto do planeta, tem enfrentado fenômenos meteorológicos extremos nos últimos anos, cuja intensidade e frequência são maximizados pelo aquecimento global.
FONTE: Estado de Minas