Índia na Lua: vídeo mostra comemoração após pouso na superfície lunar
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Módulo lunar do país asiático pousou nesta quarta-feira no polo sul lunar, por volta das 9h33, horário de Brasília. Indianos querem estudar a presença de água na lua, que foi detectada durante a 1ª viagem espacial da missão chamada Chandrayaan-3, em 2008. Índia pousa foguete em região inexplorada da Lua
Em missão histórica, a Índia se tornou, nessa quarta-feira (23), o 1º país a pousar no lado escuro da Lua, região inexplorada que fica no polo sul do satélite. g1 acompanhou a missão ao vivo O VÍDEO acima mostra a comemoração da equipe que acompanhava a missão Chandrayaan-3, assim que o módulo do país asiático pousou na Lua. Em transmissão ao vivo, os indianos exibiram uma representação gráfica da sonda descendo na Lua. O módulo foi lançado em 14 de julho e pousou na superfície lunar por volta das 9h33 desta quarta, horário de Brasília. "Este é o momento para uma nova Índia em desenvolvimento", comemorou Narendra Modi, primeiro-ministro do país. Equipe que acompanhava a missão lunar da Índia comemorou pouso. Reprodução 🌑 Água na lua A superfície lunar é um terreno traiçoeiro com grandes crateras e encostas íngremes, além de não receber luz solar, levando a temperaturas extremamente baixas, que chegam a -203°C, e tornando muito difícil operar os equipamentos de exploração. Dessa forma, um pouso suave significa que o módulo não foi destruído. A Índia busca explorar a Lua - com a missão chamada Chandrayaan-3 - porque a primeira viagem espacial desse projeto, que ocorreu em 2008, detectou a presença de água na superfície lunar. "Ainda precisamos de muito mais detalhes sobre onde e quanta água existe, e saber se toda ela está congelada", explica Akash Sinha, professor de robótica espacial na Universidade Shiv Nadar University, perto de Delhi, à BBC. A exploração da superfície das regiões polares da Lua, compostas de rochas e solo, também pode dar respostas sobre a formação do Sistema Solar. Missões anteriores O objetivo do país se tornou explorar a Lua com o menor custo possível. Isso porque a segunda missão, que ocorreu em 2019 e deu errado (o foguete explodiu no pouso), custou US$ 140 milhões, enquanto a desta manhã foi de um pouco mais de US$ 80 milhões. A primeira, em 2009, foi em torno de US$ 79 milhões. O ex-presidente da Organização Indiana de Pesquisa Espacial K. Sivan disse que a viagem desta manhã será mais barata porque o módulo deve usar a atração gravitacional da Lua para levar a nave à órbita lunar. Além disso, outro ponto que reduz o preço da operação, segundo a BBC, é que ao contrário da missão anterior, Chandrayaan-3 não inclui um novo orbitador — um satélite que fica em órbita. Esta missão contará com o orbitador da missão Chandrayaan-2 para fornecer todas as comunicações entre o módulo de pouso, o rover e a sala de controle.FONTE: G1 Globo