Inflação cai a 4,65% em 12 meses, seu nível mais baixo desde 2021

11 abr 2023
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A inflação nos últimos 12 meses cedeu em março e caiu para 4,65%, seu menor nível desde o ano móvel fechado em janeiro de 2021, segundo dados oficiais divulgados nesta terça (12).

A taxa acumulada do IPCA nos últimos doze meses ficou abaixo dos 5,60% observados em fevereiro, indicou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

É o melhor resultado do índice desde janeiro de 2021, quando esteve em 4,56%.

É uma boa notícia para o governo Lula. O Executivo espera dissipar os fantasmas de um prolongado ciclo inflacionário para alavancar o crescimento econômico.

O índice mensal também caiu, no terceiro mês do ano, a 0,71%, frente a 0,84% em fevereiro e 1,62% em março de 2022.

A inflação de março se viu impulsionada pela alta dos combustíveis, devido ao retorno da cobrança de impostos federais sobre a gasolina e o diesel, que haviam sido suspensos pelo governo anterior em pleno período eleitoral.

"Os resultados da gasolina e do etanol foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais no início do mês", explicou o IBGE no comunicado.

- Taxas versus crescimento -

Lula promete um retorno ao crescimento econômico sólido, aliado a políticas de assistência social que marcaram seus dois primeiros governos (2003-2010).

As perspectivas de um maior gasto social têm causado receio no mercado, que teme um descontrole das contas públicas e uma nova disparada da inflação.

O Brasil encerrou 2022 com uma inflação de 5,79%, acima da meta do Banco Central, porém abaixo da de 2021, quando a alta dos preços ao consumidor chegou a 10,06%.

O presidente lidera um debate com o titular do Banco Central, Roberto Campos Neto, e insiste que a entidade deve reduzir a taxa Selic para estimular o crescimento.

A economia brasileira contraiu 0,2% no quarto trimestre de 2022 em relação ao trimestre anterior, o que o aumenta os temores de que o governo possa lidar com uma recessão, caso a tendência se confirme.

Porém, o Banco Central (BC) parece mais preocupado com a inflação e no final de março manteve, pela quinta vez consecutiva, a Selic em 13,75%, uma das mais altas taxas de juros do mundo.

A meta do BC para 2023 é conseguir uma inflação de 3,25%, com uma margem de 1,5%.

Porém, o mercado elevou essa semana sua expectativa de inflação para este ano a 5,98%, segundo o boletim Focus do Banco Central.


FONTE: Estado de Minas


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