Influente rabino defende oposição a sacrifícios de animais na Esplanada das Mesquitas
Na Esplanada das Mesquitas, epicentro das tensões em Jerusalém durante o Ramadã - mês de jejum dos muçulmanos -, um influente rabino israelense reafirmou nesta terça-feira (4) sua oposição a qualquer sacrifício de animais.
Shmuel Rabinowitz, presidente da Fundação Muro das Lamentações, indicou em comunicado que "trabalhará para impedir que animais sejam trazidos" ao local para serem sacrificados.
Conhecido também como "Monte do Templo", este é o terceiro local mais sagrado do islamismo e o maior do judaísmo.
A fundação "funciona de acordo com as diretrizes do rabino-chefe de Israel que, através das gerações, se opõe a qualquer ato desse tipo" neste lugar, indica o texto.
A Esplanada das Mesquitas se encontra na Cidade Velha, em Jerusalém Oriental, ocupada e anexada por Israel.
A tradição indica que o sacrifício de um cordeiro ou cabrito durante a Páscoa judaica era uma obrigação religiosa na época do Templo de Jerusalém, destruído no ano 70 pelos romanos.
A organização judaica radical Hozrim Lahar ("Vamos voltar para o Monte do Templo", em tradução livre) fez recentemente uma chamada para o sacrifício de Pessach - a Páscoa judaica -, que começa na noite de quarta-feira e promete 20.000 novos shekels israelenses (cerca de R$ 27.915) para quem conseguir executá-lo.
O chefe da organização foi detido na segunda-feira pela polícia como medida preventiva.
Duas pessoas, do sul e centro de Israel, foram presas nesta terça-feira nas proximidades da Esplanada das Mesquitas com uma cabra, disse a polícia.
A polícia israelense pediu nesta terça "para não reproduzir os grupos extremistas que tentam ou pedem para violar as práticas existentes no Monte do Templo".
FONTE: Estado de Minas