Juiz de Fora terá semana de empregabilidade e capacitação para pessoas trans

27 jul 2023
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A semana vai integrar o Calendário Oficial de Eventos do Município e será realizada anualmente na última semana do mês de janeiro. Objetivo é trazer oportunidades para que a população possa se inserir no mercado de trabalho. Bandeira trans

Reprodução | Shutterstock

A partir de 2024, Juiz de Fora vai contar com a Semana Municipal da Visibilidade, Empregabilidade e Capacitação de travestis, pessoas transgêneras binárias e não-binárias. A proposta da vereadora Tallia Sobral (PSOL) foi aprovada pela Câmara e sancionada pela Prefeitura.

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A semana vai integrar o Calendário Oficial de Eventos do Município e será realizada anualmente na última semana do mês de janeiro. A data foi escolhida como forma de integrar as atividades do Dia Nacional da Visibilidade Trans no Brasil, celebrado no dia 29 do mesmo mês.

Durante a semana poderão ser feitas ações como:

Feiras de divulgação de vagas de emprego no município;

cursos para formar e/ou capacitar travestis, pessoas transgêneras e não-binárias em parceria com instituições de ensino ou empresas de cursos profissionalizantes;

encontros com empresários ou gestores locais, com o objetivo de conscientizar sobre a importância de abertura;

e conscientização no ambiente de trabalho, sobre pessoas com identidade de gênero divergentes;

além de seminários, painéis, fóruns e outras ações.

Na justificativa do Projeto de Lei (PL) a vereadora destacou a marginalização de pessoas com identidade de gênero divergentes quanto ao acesso ao mercado de trabalho.

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Dificuldade para conseguir emprego

Um levantamento feito pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) apontou que a fonte de renda da população trans está 90% sustentada na prostituição e informalidade.

A situação, segundo a Antra, “escancara a falta de políticas públicas que garantam o direito dessas pessoas entrarem no mercado de trabalho formal e ter seus direitos constitucionais garantidos”.

A Antra destacou ainda que a exclusão tem início ainda em idade escolar, com o não acolhimento à diversidade nas escolas e nos núcleos familiares, o que contribui para a evasão escolar de pessoas travestis e transexuais antes mesmo da conclusão do ensino médio.

A situação leva a outro problema, a “falta de acesso à formação e especialização em uma área impõe o mercado informal como única possibilidade de vivência para essa população”.

Além disso, dados Transgender Europe indicam que o Brasil registrou 125 casos de assassinatos contra pessoas trans e travestis, em um total de 375 pessoas assassinadas no mundo.

O levantamento coloca o país em primeiro lugar no ranking mundial de homicídios contra pessoas trans e travestis, correspondendo a 41% de todos os assassinatos registrados contra esta população no planeta.

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FONTE: G1 Globo

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