Justiça japonesa acusa três ex-soldados de agressão sexual
Um tribunal japonês acusou três soldados de agressão sexual contra uma militar, que acusou o governo de não ter impedido os atos, informou a imprensa local.
Rina Gonoi, de 23 anos, denunciou publicamente em 2022 que havia sido agredida por vários soldados depois que uma investigação sobre as suas acusações foi abandonada por falta de provas.
A decisão adotada nesta sexta-feira pelos promotores da região da Fukushima, onde Gonoi estava anteriormente instalada, marca uma mudança em relação à decisão anterior de não iniciar um julgamento.
Um porta-voz da promotoria disse à AFP que não era possível confirmar a decisão por telefone.
"Hoje, as três pessoas foram acusadas de agressão sexual contra mim. Finalmente, tenho a impressão de que meus esforços deram frutos", escreveu Gonoi no Twitter. "Quero que reconheçam que o que fizeram é um crime e que paguem pelos seus pecados", acrescentou.
Em fevereiro, Gonoi disse à AFP que, em um exercício realizado em 2021, três soldados a atiraram no chão, abriram suas pernas e apoiaram, um por um, em suas coxas, incidente que ela denunciou aos seus superiores.
No entanto, uma investigação interna concluiu que as provas eram insuficientes, e somente após as revelações e a apresentação de um abaixo-assinado, o caso foi reaberto e uma investigação penal inciada.
Gonou processou o governo e os agressores pelas desculpas "superficiais" e pelo maus-tratos.
FONTE: Estado de Minas