Justiça russa rejeita recurso de opositor Navalny contra pena de 19 anos de prisão

26 set 2023
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!

A Justiça russa rejeitou, nesta terça-feira (26), o recurso do principal opositor russo, Alexei Navalny, contra sua condenação a 19 anos de prisão por "extremismo", uma decisão que pode levá-lo a uma penitenciária mais rígida.

A corte de apelações decidiu "manter sem alterações o julgamento de Navalny em primeira instância", declarou o magistrado Viktor Rogov após uma audiência da qual o opositor participou por videoconferência da prisão.

Navalny foi a voz mais forte da oposição russa durante a última década e convocou grandes manifestações contra o governo antes de ser preso em 2021 por acusações de fraude que, segundo seus aliados no país e exterior, foram punitivas.

No mês passado, o opositor foi condenado a 19 anos de prisão em uma colônia penal de segurança máxima, acusado de criar um organização que minava a segurança pública realizando "atividades extremistas".

O advogado de 47 anos foi preso em 2021 após voltar a Moscou procedente da Alemanha, onde passou um tempo se recuperando de um envenenamento pelo qual ele culpa o Kremlin. Ele já havia sido condenado a nove anos de prisão por denuncias de apropriação indevida de recursos.

Atualmente, ele está detido em uma colônia prisional a 250 quilômetros de Moscou. Com a confirmação da condenação, Navalny poderá cumprir sua pena em uma das colônia russas com "regime especial", ou seja, estabelecimentos do sistema carcerário russo em geral reservados aos criminosos mais perigosos e condenados à prisão perpétua.

Desde que foi preso, ele se comunica com o mundo exterior através de mensagens transmitidas por seus advogados, nas quais segue denunciando a política do Kremlin e sua ofensiva na Ucrânia. Nas audiências, aparece extremamente magro e abatido.

A repressão contra as vozes dissidentes aumentou após o início da ofensiva russa contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022, e forçou a maioria do movimento de oposição, cerceado, a partir para o exílio.


FONTE: Estado de Minas


VEJA TAMBÉM