Maio Laranja: Juiz de Fora inicia ano com maior número de estupros de vulnerável desde 2017

07 maio 2023
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Entre janeiro e março, foram registradas 13 ocorrências. Mês é dedicado à campanha de conscientização da população sobre o abuso sexual na infância e na adolescência. Estupro de vulnerável

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O ano de 2023 começou com alta no número de ocorrências relacionadas a estupro de vulnerável em Juiz de Fora. Segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o 1º trimestre foi encerrado com a maior soma de registros dos últimos 5 anos.

Ao todo, foram 13 ocorrências entre os meses de janeiro a março na cidade, três a menos que 2017, quando, no mesmo período, foram contabilizados 16 casos. Confira no gráfico abaixo.

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Com o objetivo de conscientizar a população sobre o abuso sexual na infância e na adolescência, autoridades e instituições se unem na campanha "Maio Laranja".

O g1 buscou outros dados na Sejusp, como o quantitativo geral ao longo do ano. Em 2022, foram 28 ocorrências.

Número dos últimos 10 anos

Dentre os dados coletados, 2017 foi o ano com maior número de casos no 1º trimestre: 16. Já em 2019 apenas uma ocorrência foi registrada.

Veja, ainda, o número de casos registrados durante os 12 meses dos anos anteriores:

2012: 71

2013: 61

2014: 64

2015: 46

2016: 35

2017: 46

2018: 25

2019: 25

2020: 37

2021: 35

2022: 28

Estupro

O crime de estupro está previsto no artigo 213 do Código Penal, de 1940, e prevê pena de seis a 10 anos de reclusão para quem "constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso".

Se a vítima tem entre 14 e 18 anos de idade, a pena é aumentada, chegando a até 12 anos de prisão.

No caso de menores de 14 anos, o estupro é presumido pela lei, independentemente do consentimento da criança ou do adolescente para o ato sexual ou conduta libidinosa. Neste caso, o artigo 217-A do Código Penal prevê pena de até 15 anos de prisão.

Está sujeito à mesma pena quem pratica conjunção carnal com pessoas com enfermidade ou deficiência mental, que não tenham o necessário discernimento para a prática do ato.

Como denunciar

Qualquer pessoa que tenha conhecimento da ocorrência de violência ou exploração sexual de crianças e adolescentes pode fazer a denúncia.

Para denunciar um estupro de vulnerável, a vítima ou testemunha pode entrar em contato com:

Polícia Civil e Militar, pelo 190

Conselho Tutelar

Disque Direitos Humanos (Disque 100)

Abuso e exploração sexual

Já o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é celebrado no dia 18 de maio.

A data foi instituída em memória à menina Araceli Crespo, de 8 anos, que foi sequestrada, violentada e assassinada neste mesmo dia, em 1973, e é reconhecida como um dia de luta pelos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes no país.

O objetivo da campanha é mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da defesa dos direitos de crianças e adolescentes, garantindo a toda criança e adolescente o direito ao seu desenvolvimento de forma segura e protegida, livre do abuso e da exploração sexual.

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FONTE: G1 Globo

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