Membros de grupo criminoso no Leste são condenados a 57 anos de prisão
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Quatro indivíduos, pertencentes a uma organização criminosa de Aimorés e Governador Valadares, ambas no Vale do Rio Doce, foram condenados à prisão que ultrapassam o total de 57 anos, inicialmente em regime fechado.
Além das penas, que variam de 12 a 15 anos de reclusão entre os indivíduos, a decisão judicial determinou o pagamento de mais de 3 mil dias-multa, em razão dos condenados integrarem grupo criminoso autodenominado “Primeiro Comando do Betel (PCB)”.
Operação Katharsis I
A condenação é resultado da operação Katharsis I, que significa “Purificação” em grego, deflagrada, em outubro de 2019, pelo Ministério Público de Minas Gerais, em conjunto com as polícias Civil e Militar, em Aimorés e em Governador Valadares no Rio Doce, com vistas ao combate ao crime organizado na região.
Na época, a operação resultou no cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão preventiva, gerando a instauração de ações penais diversas. Durante as buscas, foram apreendidas uma arma de fogo, simulacro de arma, rádios comunicadores, munições e drogas.
O agrupamento criminoso, segundo apurado, conta com diversas pessoas na sua estruturação, níveis hierárquicos de poderes e funções, divisões de tarefas específicas e objetivos predeterminados compartilhados pelos integrantes.
A atuação dos acusados alvos da condenação foi reconhecida, especialmente, pelo exercício da gerência das finanças e da “boca de fumo”, assim como pelo comércio ilícito de drogas.
Os condenados atuavam com emprego de armamento/violência e mediante processo de intimidação difusa, sobretudo com marcação da sigla formada pelas iniciais da designação do agrupamento – PCB, com o objetivo de aterrorizar a população.
Decisão do juiz
Nesse sentido, após longo trabalho investigativo, o juiz que assina a sentença concluiu que “o Primeiro Comando do Betel (PCB) vem expandindo suas ações criminosas, voltando-se para o fortalecimento do tráfico de drogas, ocasião em que mantém alianças com dois aglomerados, que da mesma forma, são dominados pelo tráfico de drogas na cidade, sendo eles: o ”Morro da Caixa D’água” e o “Morro do Anésio”.
Os condenados permanecerão presos cautelarmente, como forma de assegurar a ordem pública, evitar a reiteração da prática de infrações penais e garantir a aplicação da lei penal.
Outras ações penais propostas pelo MPMG apuram o envolvimento/integração de demais indivíduos no mesmo grupo criminoso e em outros aglomerados continuam em trâmite, com o intuito de impor as penas cabíveis.
FONTE: Estado de Minas