México mantém chefe do serviço de migração investigado por incêndio fatal

12 abr 2023
Fique por dentro de todas as notícias pelo nosso grupo do WhatsApp!

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, anunciou nesta quarta-feira (12) que o chefe do serviço mexicano de migração, investigado pela morte de 40 migrantes em um centro de detenção, permanecerá no cargo até que a investigação seja concluída.

O Ministério Público reportou ontem que investigava dois diretores do Instituto Nacional de Migração (INM) por supostas omissões que levaram ao incêndio de 27 de março em Ciudad Juárez, mas não informou seus nomes, uma vez que a legislação mexicana protege a identidade dos réus.

López Obrador confirmou hoje que uma destas pessoas é Francisco Garduño, 74, advogado e chefe do INM, que conhece há décadas. "Vamos tomar as decisões no momento certo", respondeu, ao ser perguntado se Garduño continuará à frente do INM. Mas "nosso critério é o de não proteger ninguém se houver a possibilidade de que tenha cometido uma irregularidade ou crime", ressaltou.

Segundo autoridades mexicanas, o incêndio teve origem quando um migrante ateou fogo a um colchão na cela onde estava com outros 67 homens, durante um protesto contra uma possível deportação.

Imagens de uma câmera de segurança mostraram que nem os funcionários da migração, nem os da segurança, agiram para remover os migrantes do local.

O secretário do Interior, Adán Augusto López, a cujo gabinete responde o INM, antecipou hoje que Garduño pode ter que depor.

Sob acusações de homicídio, autoridades mexicanas capturaram dias atrás o migrante acusado de ter provocado o incêndio, bem como três funcionários do INM e um segurança privado. Outro suspeito é um guarda particular, que segue foragido.


FONTE: Estado de Minas


VEJA TAMBÉM
FIQUE CONECTADO