MP espanhol acusa Shakira de sonegar EUR 6 milhões
A estrela colombiana Shakira, que deverá ser julgada a partir de novembro em Barcelona por outras irregularidades fiscais, foi acusada pelo Ministério Público espanhol de suspeita de fraude, de cerca de seis milhões de euros (31,5 milhões de reais na cotação atual), no novo processo aberto contra ela em julho.
Embora a denúncia tenha sido admitida para processamento há alguns meses, em um tribunal próximo de Barcelona, os detalhes do texto foram conhecidos nesta terça-feira (26), assim que a cantora, que hoje reside em Miami, foi notificada, de acordo com o Ministério Público.
Na denúncia, Shakira é acusada de dois supostos crimes contra a Fazenda Pública, por ter apresentado "declarações inverídicas" do Imposto de Renda (IRPF) e do Patrimônio, no exercício de 2018.
A cantora, que à época vivia perto de Barcelona, teria usado uma "rede corporativa", com empresas instrumentais, algumas domiciliadas em paraísos fiscais, para sonegar, acrescenta o texto datado de maio.
No total, o Ministério Público acusa-a de ter fraudado 5,3 milhões de euros (5,6 milhões de dólares, ou 27,8 milhões de reais na cotação do dia) no imposto de renda de 2018, e 773 mil, no Imposto sobre o Patrimônio. Com juros e liquidações, somam uma dívida de 6,6 milhões.
Em breve nota divulgada nesta terça, seus representantes afirmaram, no entanto, que "nenhuma notificação foi recebida em Miami, domicílio oficial da cantora" sobre este caso.
"A equipe jurídica de Shakira está concentrada na preparação para o julgamento pelos exercícios de 2012-2014 que começará em 20 de novembro", acrescentaram, referindo-se ao processo que será realizado, a menos que haja um acordo de última hora, no Tribunal de Barcelona.
Neste caso, o Ministério Público pede mais de oito anos de prisão para Shakira, além do pagamento de uma multa de quase 24 milhões de euros, sob acusação de ter fraudado 14,5 milhões nesses anos. Aqui, ela também teria utilizado uma "rede corporativa" para burlar o imposto de renda na Espanha, apesar de, naquele momento, já residir no país mais do que os 183 dias por ano previstos na lei.
A artista, de 46 anos, sempre negou as acusações e alega que, devido à sua profissão, mantinha um estilo de vida em contínuo movimento naquela época.
FONTE: Estado de Minas