MP vai acompanhar investigações da Polícia Civil no caso de escrivã encontrada morta em Minas
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Acompanhamento será pela promotoria de Carandaí. Participação do Ministério Público em Belo Horizonte nas investigações é um pedido da família, com o objetivo de dar 'mais transparência e um julgamento sério'. Rafaela Drumond, escrivã da Polícia Civil que morreu em Barbacena
Reprodução/Redes Sociais O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) instaurou um procedimento administrativo para acompanhar as investigações da Polícia Civil no caso da escrivã Rafaela Drumond, encontrada morta em Antônio Carlos, na Zona da Mata, no último dia 9. Segundo a instituição, a iniciativa partiu do próprio MPMG. Esse procedimento será conduzido pela promotoria de Carandaí, cidade onde Rafaela trabalhava. A polícia e a corregedoria investigam as circunstâncias da morte e denúncias de assédio dentro da delegacia. A família pede que a condução das investigações seja acompanhada também pela promotoria de Belo Horizonte, com o intuito de "agilizar e dar mais transparência às apurações". Em nota, o Ministério Público informou que, após a finalização das investigações, "irá analisar as conclusões do inquérito policial e determinar as medidas cabíveis". "Sobre o Ministério Público agradeço muito o que fez, mas só isso não adianta. Não vai segurar", disse Aldair Divino Drumond, pai de Rafaela, que teme pela falta de transparência e até mesmo pela segurança da família durante o processo investigativo. Protesto Pai de escrivã encontrada morta faz protesto no Centro de BH Carlayle André/TV Globo Nesta quarta-feira (21), Aldair fez um protesto no Centro da capital, cobrando agilidade nas investigações e justiça pela morte da filha. A família acredita que elas devem ocorrer fora da área de atuação da delegacia regional, para que haja imparcialidade. O celular de Rafaela e outros objetos encontrados na casa estão sendo periciados pela polícia. Os familiares acreditam, entretanto, que essa apuração deveria ser feita pelo MPMG em Belo Horizonte. A Polícia Civil informou que "as investigações estão em andamento, com o objetivo de esclarecer os fatos e todas as suas circunstâncias" e que as informações serão divulgadas após os procedimentos. A Corregedoria da corporação apura denúncias de assédio que teriam ocorrido na delegacia de Carandaí, na Zona da Mata, onde a escrivã trabalhava. Até o momento, ninguém foi suspenso. Áudios Em áudios enviados a uma amiga em fevereiro deste ano, a escrivã Rafaela Drumond relatou episódios de assédio moral e sexual, perseguição, boicote e até uma tentativa de agressão física por parte de colegas de trabalho da Polícia Civil de Minas Gerais. Um vídeo também foi gravado, mostrando um suposto colega proferindo ofensas contra ela. A Polícia Civil disse que "objetos que guardam relação com a investigação" estão sendo periciados, como é o caso do celular dela, onde essas e outras trocas de mensagens estão armazenadas. O caso foi registrado como suicídio. Vídeo gravado por Rafaela, quando foi ofendida por um colega de delegacia Vídeos mais vistos g1 MGFONTE: G1 Globo