Mulher é atacada com agulha no Centro de Juiz de Fora: ‘Vi que minha perna tava sangrando’

14 dez 2023
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Técnica de enfermagem, Raquel Mariano só se deu conta quando foi alertada por outra pedestre sobre o ferimento logo após cruzar com um homem que a encarou; vítima já tomou a 1ª dose do coquetel de profilaxia. Polícia investiga o caso. Homem espetou uma agulha em Raquel Mariano, no momento em que ela passava pela Getúlio Vargas

Raquel Mariano/Arquivo pessoal

“Fui à loja de uma amiga no shopping e depois ia comprar uma embalagem. Vi que ele [suspeito] tava vindo na minha direção, virei para trás, perguntei o que era, ele olhou para a minha cara e saiu andando. Aí uma senhora que tava do lado me ajudou, porque fiquei muito nervosa”, explicou.

"Ela falou que me ele espetou com uma agulha de seringa. Só então olhei para a minha perna e vi que ela tava sangrando.”

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O relato do assustador trajeto feito entre as ruas Mister Moore e a Floriano Peixoto, bem no Centro de Juiz de Fora, é de Raquel Mariano, 30 anos, que registrou boletim de ocorrência na Polícia Militar denunciando ataque de um possível homem em situação de rua.

O caso aconteceu no fim da manhã do dia 2 de dezembro, e o g1 conversou com a vítima na tarde da quarta-feira (13).

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Além de denunciar o caso na corporação, registrado como “Perigo para vida ou saúde de outrem”, a técnica de enfermagem também procurou um hospital, onde foi examinada, realizou exames para testagem de HIV e recebeu a primeira dose do coquetel de profilaxia.

"Tenho tido muitos efeitos colaterais e já emagreci 5 kg. Segunda-feira faço novos exames e dia 21 retorno no HPS”.

Após ataque na Avenida Getúlio Vargas, em Juiz de Fora, Raquel Mariano foi atendida no HPS e registrou boletim de ocorrência

g1

Outras possíveis vítimas

Assustada com a situação, a técnica de enfermagem disse que optou por fazer o tratamento sem divulgar o caso. No entanto, após conversas com outras mulheres, foi incentivada a denunciar o ocorrido, já que o homem pode ter atacado outras vítimas, que talvez também preferiram se silenciar.

“Ali é um lugar que fica bem cheio, e a gente fica com medo. Todo mundo que converso fica horrorizado, pois muita gente pega ônibus ali perto. Graças a Deus recebi ajuda, mas podia ter percebido horas depois ou talvez nem ter percebido. Pode ser que alguma outra pessoa tenha sido espetada, mas também não percebeu e apresente alguma doença”.

O suspeito não é conhecido de Raquel. “Ele tava com a roupa suja e um saco nas costas”, lembrou.

Técnica de enfermagem Raquel Mariano, ferida com uma seringa em Juiz de Fora

Raquel Mariano/Arquivo pessoal

Investigação

Até a publicação desta reportagem, o suspeito não havia sido identificado. Em resposta ao g1, a Polícia Civil informou que o caso foi encaminhado para a 7ª Delegacia de Polícia Civil.

Segundo Raquel, ela chegou a tentar obter imagens de câmeras de segurança de uma loja do entorno, mas foi informada que as imagens gravadas não estavam mais disponíveis. Ainda conforme ela, um militar teria feito contato informando a possibilidade de registro por uma câmera.

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FONTE: G1 Globo

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