Noruega considera desproporcional a resposta de Israel contra o Hamas
O primeiro-ministro norueguês lamentou neste domingo (29) a resposta desproporcional do exército de Israel em Gaza, após o ataque mortal lançado pelo Hamas, e denunciou uma situação humanitária "catastrófica".
Desde este ataque do Hamas em 7 de outubro, Israel bombardeou incessantemente a Faixa de Gaza e intensificou recentemente os bombardeios.
"O direito internacional exige que (a reação) seja proporcional. Os civis devem ser levados em conta e o direito humanitário é muito claro sobre isso. Acho que esse limite foi amplamente excedido", declarou Jonas Gahr Støre na rádio pública NRK.
"Cerca de metade dos milhares de pessoas assassinadas são crianças", sublinhou, acrescentando que "a situação é catastrófica".
"Israel tem o direito de se defender e reconheço que é muito difícil defender-se de ataques que vêm de uma área tão densamente povoada como Gaza", acrescentou. "Foguetes continuam sendo disparados de Gaza em direção a Israel e nós condenamos isso", afirmou também o primeiro-ministro norueguês.
Ao contrário dos seus vizinhos nórdicos que se abstiveram, a Noruega votou na sexta-feira a favor da resolução não vinculativa das Nações Unidas que "apela a uma trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada, que conduza ao fim das hostilidades".
Esta resolução recebeu em Nova York 120 votos a favor (principalmente França e Espanha), 14 contra (incluindo Israel e Estados Unidos) e 45 abstenções, dos 193 membros da ONU.
"Somos amigos de Israel e condenamos o ataque perpetrado pelo Hamas há três semanas. Exigimos também que os reféns sejam libertados, mas devemos expressar-nos claramente", insistiu Støre.
Segundo as autoridades israelenses, mais de 1.400 pessoas, na sua maioria civis, morreram em Israel durante o ataque dos comandos do Hamas, que raptaram 229 reféns.
Até o momento, quatro mulheres foram libertadas. O Hamas, no poder em Gaza desde 2007, afirma que mais de 8 mil palestinos, a maioria civis, foram mortos em bombardeios israelenses.
FONTE: Estado de Minas