‘Nossas jogadoras deram uma lição ao mundo’, afirma chefe de Governo espanhol

02 set 2023
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O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, afirmou, neste sábado (2), que as jogadoras espanholas deram "uma lição ao mundo" com sua atitude após o beijo forçado e a recusa a renunciar do presidente da Federação Espanhola, Luis Rubiales, atualmente suspenso.

"Nossas jogadoras ganharam duas vezes: uma no campo e depois dando uma lição ao mundo, de igualdade entre homens e mulheres", afirmou o socialista Pedro Sánchez em um discurso em Málaga, elogiando a decisão das 23 campeãs do mundo de não voltar a vestir a camisa da seleção nacional se não houver mudanças na direção da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).

Durante a cerimônia de entrega das medalhas após a final da Copa do Mundo feminina, na qual a Espanha venceu a Inglaterra por 1-0 em 20 de agosto, o presidente da RFEF beijou Jenni Hermoso na boca, o que provocou surpresa e indignação internacional.

"A Espanha é um país feminista", explicou Pedro Sánchez. Ele citou "mulheres que decidiram não voltar a se submeter. Nunca mais. Acabou", em alusão ao lema gritado nas manifestações de apoio a Jenni Hermoso.

Questionado se a postura de Rubiales "teria causado danos à imagem da Espanha no exterior", o chefe de Governo respondeu "não". "Eu acredito que a marca Espanha é a reação exemplar das jogadoras da seleção espanhola de futebol e a reação espetacular da sociedade espanhola que disse junto delas 'acabou', e esse acabou é com todas as consequências, inclusive para os dirigentes".

Algumas horas após seu discurso em uma assembleia da RFEF na qual Luis Rubiales afirmou que não renunciaria e disse que o beijo havia sido consentido, as 23 campeãs do mundo, ao lado de dezenas de jogadoras, divulgaram um comunicado em que informaram que se recusam a voltar à seleção sem mudanças na direção da entidade.

A Fifa, que abriu um processo disciplinar contra Rubiales, suspendeu o dirigente por três meses um dia após à assembleia. Na Espanha, o Tribunal Administrativo do Esporte (TAD) também abriu um processo contra o dirigente.


FONTE: Estado de Minas


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