Nova York nomeia uma ‘czarina’ para combater a praga de ratos

12 abr 2023
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Nova York nomeou a primeira "czarina" para combater o "inimigo público número um" da cidade: a praga de ratos, que zanzam livremente pelas ruas da cidade, anunciou o prefeito Eric Adams nesta quarta-feira (12).

Kathleen Corradi, a nova chefe da Mitigação de Roedores, "tem conhecimento, motivação, experiência e energia para erradicar os ratos e criar uma cidade mais limpa e acolhedora para todos os nova-iorquinos", declarou o prefeito democrata ao anunciar sua escolha para este recém-criado cargo.

"Os ratos vão odiar Kathy, mas estamos entusiasmados por tê-la no comando deste importante esforço", acrescentou Adams.

Corradi, que começará executando um projeto dotado de US$ 3,5 milhões (R$ 17,3 milhões) contra roedores no Harlem, um dos bairros de Manhattan, coordenará os esforços de diferentes agências, organizações comunitárias e o setor privado para reduzir a população desses animais que representam um problema de saúde pública.

"A desratização é mais do que uma questão de qualidade de vida para os nova-iorquinos", reconheceu Corradi. É, segundo ela, um "sintoma de problemas sistêmicos como saneamento, saúde, moradia e justiça econômica".

"Nova York pode até ser famosa pelo 'Rato da Pizza' (um meme famoso de um rato arrastando uma fatia de pizza pela rua), mas os ratos e as condições que ajudam esses animais a prosperar não serão tolerados: não haverá mais meios-fios sujos, espaços não administrados ou escavações ilegais à luz do dia", alertou.

Corradi, funcionária do Departamento de Educação, que administrava o extermínio de ratos e o controle de pragas em escolas públicas, foi selecionada entre dezenas de possíveis candidatos.

Um dos requisitos para o cargo que a prefeitura anunciou em dezembro passado era que a pessoa escolhida como "czar antirratos" deveria ser dotada de um "instinto assassino" para acabar com essa "população implacável".

A nomeação de Corradi, que segundo a imprensa local terá um salário de US$ 155 mil (R$ 767 mil) por ano, faz parte de uma série de medidas adotadas por Adams para minimizar o aparecimento de roedores, como a restrição do horário para levar o lixo às calçadas para coleta e aumento de multas para os infratores.

Na capital do consumo, uso e descarte, onde quase não há lixeiras para lixo orgânico e inorgânico, de modo que montanhas de sacos de lixo se acumulam nas calçadas, os ratos fazem parte da paisagem cotidiana.

Segundo a lenda, existem tantos ratos quanto humanos nesta cidade de 8,5 milhões de habitantes, onde as autoridades recorreram a venenos, pílulas anticoncepcionais, cães treinados, uso de gelo seco, armadilhas pegajosas ou afogamento em álcool para combatê-los. Sem muito sucesso, até agora.


FONTE: Estado de Minas


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