Oito pessoas são presas em operação contra ‘gatos’ de luz na Grande BH
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O Ministério Público de Minas Gerais e Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) deflagraram nesta quinta-feira (17/8), a 'operação Bypass', que investiga furtos e fraudes no fornecimento de energia elétrica no estado, conhecidos como 'gatos'. Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em BH, Contagem, Betim, Ibirité, Vespasiano e Esmeraldas.
Por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate Crime Organizado (GAECO) e pela 17ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte, a operação apreendeu 213 medidores, 1648 lacres e quatro aparelhos celulares, além de oito pessoas presas em flagrante. Segundo promotora de Justiça e coordenadora do GAECO, Paula Ayres Lima, a investigação partiu de uma denúncia da Cemig sobre a adulteração dos aparelhos.
Os medidores utilizados para fazer os 'gatos' não eram cadastrados na Companhia, sendo que diversos deles eram furtados ou de ferro-velho. "Antigamente os medidores de sucata iam a leilão, mas atualmente, eles são desmontados. Fazemos inspeções periódicas e, somente na RMBH este ano, foram 240 mil. Em 56% dessas foi constatado que havia fraude. A perda da energia não faturada, infelizmente, é repassada para os consumidores regulares", explica Alexandre Ribeiro de Almeida, supervisor de relacionamento da Cemig.
De 2021 até agora, o prejuízo já chega a R$ 530 milhões e a Companhia alerta que, se os consumidores desconfiarem de alguma ligação clandestina, seja na casa de um vizinho ou no bairro em que moram, denunciem pelo número 116 ou na polícia.
Segundo o Capitão Cristiano Araújo, da Polícia Militar, os presos ofereciam para consumidores e empresas, meios de furtar a energia, a partir do conhecimento que tinham em alterar medidores e lacres. Entre os alvos dessa operação, haviam servidores da Cemig ou de empresas terceirizadas.
"As evidências das apreensões de hoje indicam que essas pessoas atuavam coordenadamente, no processo de furto e comercialização, inclusive, tendo clientes", explica o capitão. Um dos suspeitos tinha uniforme da Cemig e utilizava-o para entrar nas casas e oferecer o serviço.
Foram 80 policiais militares atuando na operação desta quinta e os oito presos serão encaminhados para o sistema prisional. A investigação continua em andamento.
FONTE: Estado de Minas