ONU apoia criação de órgão internacional de vigilância da IA

12 jun 2023
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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, expressou, nesta segunda-feira (12/6), seu apoio à proposta de criação de um órgão internacional de supervisão da inteligência artificial (IA), seguindo o modelo da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A proposta foi apresentada por especialistas em IA.
Nos últimos seis meses, a tecnologia de IA generativa responsável pela criação de textos convincentes, como o ChatGPT, tem atraído a atenção do público e se tornado o aplicativo de crescimento mais rápido da história. Contudo, o aumento na popularidade também levantou preocupações sobre a capacidade da IA em gerar imagens deepfake e propagar desinformação.

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Guterres afirmou aos repórteres que os alertas sobre a IA generativa, principalmente vindos dos próprios desenvolvedores, são altos e preocupantes. Ele enfatizou a importância de levar esses avisos a sério.
O secretário-geral já anunciou anteriormente planos de estabelecer um órgão consultivo de alto nível em IA até o fim do ano, com o objetivo de revisar periodicamente os acordos de governança e oferecer recomendações sobre como alinhá-los com os direitos humanos, o Estado de Direito e o bem-estar comum.
 
 
Guterres defendeu a ideia de uma agência de inteligência artificial que siga o exemplo da AIEA, acreditando que esse modelo poderia ser muito interessante. No entanto, ele ressaltou que apenas os Estados-membros têm o poder de criar tal órgão, e não o Secretariado das Nações Unidas.
A AIEA, com sede em Viena, foi fundada em 1957 e tem como missão promover o uso seguro, protegido e pacífico das tecnologias nucleares, além de supervisionar possíveis violações do Tratado de Não-Proliferação (NPT). A agência conta atualmente com 176 Estados-membros.
A OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT, sugeriu no mês passado que um órgão semelhante à agência nuclear poderia impor limitações à implantação da IA, verificar a conformidade com os padrões de segurança e monitorar o uso da capacidade computacional.

FONTE: Estado de Minas


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