ONU denuncia militares do Níger que, ‘por impulso’, tomaram o poder
A ONU denunciou nesta sexta-feira (18) os militares do Níger que, "por impulso", tomaram o poder e afirmou que a "própria noção de liberdade" está em jogo no país.
O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, afirmou em nota que "os generais não podem tomar a liberdade de desafiar, por um impulso, a vontade do povo".
"A lei das armas não tem espaço no mundo de hoje", afirmou.
Türk indicou que a eleição em 2021 do presidente Mohamed Bazoum, que desde 26 de julho está sequestrado pelos militares, foi "a primeira transição democrática na história do país, marcado pelos golpes de Estado".
Türk expressou também sua inquietação pela decisão dos militares de processar o presidente Bazoum e seus colaboradores por alta traição.
Ele instou os generais a libertar Bazoum e a "restabelecer imediatamente a ordem constitucional".
Também pediu "acesso livre e pleno para a ajuda humanitária" ao Níger, um dos países mais pobres do mundo e muito vulnerável à mudança climática. Também é assolado pela violência de diversos grupos jihadistas.
FONTE: Estado de Minas