Para desgastar Zema, PT de Brasília ordena atraso no reajuste dos Professores
O PT Mineiro, sob orientação de lideranças nacionais do partido, articulou a obstrução para impedir o reajuste de 12,84% aos professores do Estado. Acabaram também impedindo a votação de projeto que regulariza as dívidas do Estado com a União.
Para desgastar o governo de Zema, até mesmo a deputada Beatriz Cerqueira (PT), ex-presidente do SINDUTE, principal representante dos professores na Assembleia de Minas apoiou a obstrução que, na prática, retirou a possibilidade de aprovação do reajuste da própria categoria que defende.
Para obstruir os trabalhos, a oposição de esquerda se aliou com o bolsonarista deputado Sargento Rodrigues (PL).
Rodrigues reivindica a extensão do reajuste aos servidores da Segurança. O governo de Minas afirma que só poderá avaliar a recomposição da inflação para os servidores gerais após a regularização da dívida.Sem acordo, os servidores de Minas deverão ficar sem aumento e até mesmo sem a garantia do pagamento em dia.
O Estado tinha até essa sexta-feira (30/06) para fazer a adesão ao Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal (PATF) e ao Programa de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PPEF), sob pena de ter que pagar de uma só vez R$ 15 bilhões à União. A oposição capitaneada pelo PT e Sargento Rodrigues decidiu obstruir a votação da proposta.
O potencial desembolso dos R$ 15 bilhões, faria as contas do Estado entrarem em colapso.
Nem mesmo o envolvimento do Presidente da Assembléia, Tadeu Martins (MDB), que buscou articular para não prejudicar o Estado e os servidores mineiros, foi insuficiente.
A oposição que preferiu cumprir a ordem do PT nacional de desgastar o governo Zema em detrimento de garantir o reajuste dos professores."Irresponsabilidade, não contem comigo e com esse governo para fazer”, disse Tadeu.
Com a situação, o Governo de Minas vai buscar uma solução no Judiciário para conseguir a Adesão de Minas aos Programas, por meio de liminar junto ao STF. Enquanto isso os professores da rede estadual continuam aguardando o reajuste tão esperado e o Estado de Minas equilibra próximo ao abismo fiscal.