Passado colonial marca agenda de Charles III em sua visita ao Quênia
Charles III da Inglaterra inicia na próxima terça-feira (31) sua primeira visita como rei a um país da Commonwealth, o Quênia, uma instituição que parece frágil em um momento em que se multiplicam os apelos para que o Reino Unido enfrente e reconheça seu passado colonial.
A escolha do Quênia tem uma forte dimensão sentimental para Charles e para a família real. Foi nesse país africano que, em 1952, Elizabeth II soube da morte de seu pai, o rei George VI, o que a tornou a nova soberana do Reino Unido.
A visita de quatro dias de Charles III e da rainha Camilla acontecerá poucas semanas antes de o Quênia celebrar o 60º aniversário de sua independência, proclamada em 12 de dezembro de 1963.
O casal real será recebido pelo presidente William Ruto em Nairóbi na terça-feira. Durante dois dias, deve se reunir com empresários, jovens, participar de um banquete de Estado, visitar um novo museu dedicado à história do Quênia e depositar uma coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido, nos Jardins Uhuru.
A história entre os dois países tem momentos sombrios, como a repressão da revolta Mau Mau, que deixou mais de 10 mil mortos entre 1952 e 1960, principalmente da comunidade Kikuyu, uma das repressões mais sangrentas do império britânico.
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FONTE: Estado de Minas