Pastor que chamou Nossa Senhora de ‘Satanás fantasiado de azul’ se desculpa
Uma fala do pastor Sérgio Fernandes, da Igreja Nova Vida, foi malvista nas redes sociais. O religioso chamou a imagem de “Satanás fantasiado de azul”. Após a repercussão negativa da fala, ele publicou uma carta aberta em que se retratava sobre o caso. Momentos depois, desativou o perfil nas redes sociais.
Em culto no domingo (01/10), ele se manifestou contra a colocação de uma imagem de Nossa Senhora na cidade de Bastos (SP), onde prega. “Põe ovo, põe galinha, põe o que quiser, mas não vem pôr o Satanás fantasiado de azul na entrada da cidade. Só traz maldição para a nossa cidade. Aquilo é ponto de contato com o inferno. Ora, todo o espírito de idolatria não vai ficar aqui. Eu não aceito”, falou.
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O trecho do culto viralizou nas redes sociais, que acusaram o pastor de intolerância religiosa. Na noite dessa quarta-feira (4/10), ele postou um esclarecimento sobre o caso. Fernandes diz que a revolta é justificada e chamou sua fala de “excessos”.
“Na ocasião, meu foco era expor a reprovação ao fato de que o poder público municipal havia erigido como monumento um ícone religioso que não representa a totalidade da população de Bastos. Ao meu ver, verbas públicas devem ser guardadas pela laicidade do Estado, não promovendo nenhuma vertente religiosa em particular, seja católica, evangélica ou outra qualquer”, afirma.
Em seguida, ele lembra que as igrejas protestantes não adoram imagens, dizendo que são baseadas no texto bíblico. “A defesa desta decisão nos é garantida constitucionalmente pela liberdade de crença, de pensamento e de expressão, não sendo transgredida nenhuma lei no episódio”, se defende.
Sérgio Fernandes ainda pediu desculpas à comunidade católica. Além disso, ele negou que tenha cometido intolerância religiosa. Ao portal g1, a prefeitura de Bastos informou que "entende que todas as religiões devem ser respeitadas". A imagem da santa foi instalada na entrada, juntamente com outra estátua, em homenagem à Bíblia, representando a comunidade evangélica.
FONTE: Estado de Minas